O Telessaúde, programa nacional que integra educação e serviço por meio de ferramentas de Tecnologias da Informação e Comunicação, com atuação na Atenção Primária à Saúde (APS) para o Sistema Único de Saúde (SUS), oferta a profissionais apoio técnico e científico na qualificação do cuidado, de forma a reduzir encaminhamentos e custos para outros níveis de atenção em saúde. Em Sergipe, o núcleo é administrado pela Fundação Estadual de Saúde (Funesa), com suporte da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O serviço operacionalizado pelo Telessaúde Sergipe foi um dos cinco trabalhos da Funesa apresentado na Mostra Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde em Tempos de Pandemia: experiências dos (as) trabalhadores (as) do SUS no enfrentamento à Covid-19, realizada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), de 30 de novembro a 02 de dezembro.
O trabalho abordou “O uso da ferramenta Telessaúde para a educação à distância frente a pandemia por covid-19 em Sergipe”, apresentado pela médica reguladora da Coordenação de Tecnologias Aplicadas à Educação em Saúde, Daniela Alves Freire. “Durante o período de pandemia por Covid-19, o Telessaúde permitiu interação entre profissionais de saúde, garantindo apoio diagnóstico e terapêutico, além de acesso à informação qualificada, por meio dos serviços de teleconsultorias, Segunda Opinião Formativa (SOF) e tele-educação”, disse Daniela.
A profissional também destacou que, no período de amostragem do trabalho, foram produzidas 44 pílulas do conhecimento e 53 webpalestras (EaD) voltadas a profissionais de saúde, gestores e população em geral. “A apresentação do nosso trabalho na Mostra do Conass foi importante na medida que o Telessaúde foi divulgado como uma ferramenta que permite interação e qualificação dos profissionais frente a barreiras geográficas e cumpre seu papel com a manutenção de um canal de relações interpessoais de maneira remota”.
Núcleo de Telessaúde Sergipe
O Programa Telessaúde está presente em 74 municípios Sergipanos, por meio de pontos do serviço instalados nas Unidades Básicas de Saúde do estado e conectados ao Núcleo de Telessaúde, localizado na Funesa. A finalidade é auxiliar nos processos de trabalho e na clínica e terapêutica dos atendimentos em saúde.
Entre os principais objetivos estão: a operacionalização dos encaminhamentos para os centros especializados; a diminuição do tempo de resposta das solicitações de consultas ou procedimentos nas redes de atenção; o fomento à inclusão digital dos profissionais; e a informatização dos serviços de saúde.
A fim de capacitar os agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE) acerca do cenário de pandemia, com foco na estratégias de enfrentamento e controle à disseminação, além de qualificar os processos de trabalho dos agentes, a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE) promoveu o curso “Novo Coronavírus – COVID-19 para ACS e ACE”, realizado no terceiro quadrimestre de 2020. O curso foi um dos cinco trabalhos da Escola selecionados para a Mostra Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde em Tempos de Pandemia: experiências dos (as) trabalhadores (as) do SUS no enfrentamento à Covid-19, realizada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O evento iniciou na terça-feira, 30, e segue até esta quinta-feira, 02.
O curso resultou na formação de 242 profissionais que atuam em municípios sergipanos. Dividido em quatro módulos, o conteúdo envolveu temas como Identificação e manejo dos casos de COVID-19; cuidado aos grupos de risco no contexto da COVID-19; Medidas de biossegurança durante a visita domiciliar em tempo de pandemia, e Comunicação e informação – abordagem junto aos usuários. Cada módulo foi orientado a partir do arco de “Charles Maguerez uma das estratégias de ensino-aprendizagem para o desenvolvimento da Metodologia da Problematização.
Agente de combate às endemias de Nossa Senhora da Dores e discente do curso, Diego Robert ressaltou que a capacitação influenciou no método de trabalho, que seria direcionado para a educação em saúde sobre a covid-19, em paralelo ao trabalho de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikugunya e zika. “O curso foi de suma importância, pois proporcionou informações corretas sobre o manejo da covid-19, mesmo para nós, alunos do curso, que acompanhamos as notícias desde os primeiros acontecimentos, até a declaração de pandemia. Então foi possível levar informações verídicas à população, num cenário de caos devido a toda difusão desencontrada nas redes sociais”.
Ainda segundo Diego, enquanto agentes, na parte prática do trabalho, eles atuam com “a busca ativa de determinantes que possam favorecer o surgimento e propagação de vetores. No entanto, a função educacional é, sem dúvidas, a de maior importância, que é levar conhecimento à população, a partir de ferramentas que gerem efeito dentro de cada comunidade ambiente das nossas áreas”, disse.
Mostra do Conass
Com o tema “Formação para ACS e ACE no enfrentamento à pandemia da covid-19 no SUS em Sergipe”, que faz parte do Eixo 3 – Ações de Educação Permanente em Saúde no enfrentamento à pandemia da covid-19, o trabalho foi apresentado nesta quarta-feira, 1º de dezembro, pela analista educacional da Coordenação de Educação Profissional da ESP-SE/Funesa, Flávia Tenório. “Diante do cenário vivenciado e entendendo que as ações de qualificação para trabalhadores do SUS devem se inserir numa perspectiva alinhada às novas culturas digitais, o curso foi ofertado na modalidade da Educação à Distância (EaD), em um formato autoinstrucional, de modo que os cursistas tivessem acesso aos materiais e conteúdos de acordo com seu ritmo de aprendizagem e sua disponibilidade de tempo”, explicou Flávia.
Ainda de acordo com a analista educacional, o curso colaborou com o enfrentamento à situação de pandemia, com foco na prevenção da transmissão do vírus. “O curso difundiu informações sobre as medidas de prevenção e identificação dos grupos de risco e orientou sobre os procedimentos a serem seguidos, diante dos casos suspeitos, que corroboram com a possibilidade de revisão das práticas no trabalho cotidiano do SUS, orientado pela estratégia da Educação Permanente em Saúde”, afirmou Flávia.
Metodologia
Outro aspecto importante do curso refere-se à metodologia, que dialoga com elementos inerentes ao processo de trabalho, visto que a proposta foi orientada a partir da proposição de conteúdos sobre o tema da covid-19, identificados pelos profissionais públicos-alvos desta ação, que responderam à um questionário sobre às necessidades de aprendizagem baseada em suas práticas nos serviços de saúde.
Para Flávia Tenório, o projeto educacional é uma iniciativa potente, pois qualifica o corpo técnico e pedagógico da Escola de Saúde Pública de Sergipe, “devido à possibilidade de socializar a experiência de qualificação desenvolvida no SUS em Sergipe e ainda interagir com outros atores com relatos de vivências exitosas no âmbito da Educação Permanente em Saúde, ampliando assim as possibilidades de desenvolvimento de processos formativos para os trabalhadores do SUS que supere a dicotomia tempo e espaço, por meio do uso das tecnologias digitais”, ressaltou Flávia.tempo e espaço, por meio do uso das tecnologias digitais”, destacou a analista educacional.
A partir da próxima terça-feira, 30/11, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) realizará a apresentação dos trabalhos selecionados para a Mostra Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde em Tempos de Pandemia: experiências dos (as) trabalhadores (as) do SUS no Enfrentamento da Covid-19, que tem como objetivo de identificar, incentivar e premiar trabalhos implementados pelas Secretarias Estaduais e outras instituições de Saúde, no âmbito do SUS, para o enfrentamento da pandemia, no período de março/2020 a junho/2021. Na oportunidade, a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), teve cinco trabalhos selecionados, que serão apresentados nos dias 1º e 02/12, último dia do evento.
Iniciativa realizada em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), a Mostra será transmitida no site do Conass (www.conass.org.br), e no YouTube – canal da instituição. Ao buscar fomentar conhecimento e promover ações que contribuíram para o aperfeiçoamento dos processos de trabalhos, das práticas assistenciais e educacionais durante o período pandêmico, os relatos dos trabalhadores com foco nas vivências e experiências voltadas para o enfrentamento da covid-19 farão parte de uma publicação do Conass em 2022, dividida em cinco eixos temáticos.
Os eixos temáticos são: Eixo 1 – Valorização e Humanização do trabalho e dos trabalhadores da saúde no enfrentamento à pandemia da covid-19; Eixo 2 – Saúde e Segurança dos Trabalhadores do SUS no enfrentamento à pandemia da covid-19; Eixo 3 – Ações de Educação Permanente em Saúde no enfrentamento à pandemia da covid-19; Eixo 4 – Planejamento da Força de Trabalho em Saúde no enfrentamento à pandemia da covid-19; e Eixo 5 – Comunicação e Informação da situação de saúde e ações de cuidado aos trabalhadores no enfrentamento à pandemia da covid-19.
Para a coordenadora do Núcleo de Produção Científica (NPC) da ESP-SE/Funesa, Sheilla Barroso, a participação na Mostra do Conass é uma das oportunidades de reforçar a importância de desenvolver e consolidar projetos voltados à educação em saúde. “A mostra do Conass chegou no momento de retorno das atividades do NPC, que tem como um de seus objetivos fomentar pesquisa dentro do SUS e para o SUS, na qual as experiências apresentadas pelos trabalhadores dialogam com a execução das ações educacionais, trabalho, pesquisa e inovação tecnológica”, explica.
Trabalhos selecionados
Entre os trabalhos selecionados a serem apresentados pela Escola de Saúde Pública de Sergipe/Funesa no dia 1º de dezembro, estão: “Formação para ACS e ACE no enfrentamento à pandemia da covid-19 no SUS em Sergipe” – Eixo 3, que será apresentado analista educacional da Coordenação de Educação Profissional, Flávia Tenório; e “O uso da ferramenta Telessaúde para a educação à distância frente a pandemia por covid-19 em Sergipe” – Eixo 3, a ser apresentado pela médica reguladora do Núcleo Telessaúde Sergipe, Daniela Alves Freire.
Já no dia 02, os trabalhos apresentados serão: “A importância do teleatendimento como ferramenta de monitoramento de pacientes suspeitos e confirmados para a covid-19 no estado de Sergipe” – Eixo 4, a ser ministrado pela coordenadora de Tecnologias Aplicadas à Educação em Saúde, Eneida Ferreira; “Home Office ou Teletrabalho: Experiência em um órgão público, em Sergipe, durante o isolamento social imposto pela crise sanitária” – Eixo 4, a ser apresentado pelo especialista em Política e Educação em Saúde da Funesa, Francisco de Santana; e “Tecnologias digitais aplicadas à educação na saúde: um relato de experiência em Sergipe”, a ser ministrado pela gerente do setor de Educação à Distância da Funesa, Ana Carla Guedes.
Trabalhar o enfrentamento da sífilis gestacional e congênita, desde o contágio no período gestacional, assim como a sua transmissão de forma congênita, é fundamental. Com essa premissa e a situação de centenas de casos registrados em Sergipe, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), realizou, nesta quarta-feira, 24, uma tele-educação sobre o tema, voltada a profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS). A ação contou com webpalestras ministradas pelo docente do curso de Medicina da UFS, médico infectologista e diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, além da pedagoga, especialista em psicopedagogia e referência técnica da SES, Zênia Maria S. Silva. Participaram da tele-educação 24 municípios de três estados brasileiros.
Na oportunidade, o diretor Marco Aurélio discorreu sobre o Manejo da Sífilis na Atenção Primária, que envolveu tópicos como saúde sexual: abordagem centrada na pessoa com via sexual ativa; prevenção combinada e sexo seguro; rastreamento de IST; rastreamento de assintomático para sífilis; oportunidades estratégicas para o controle de sífilis na gestação; conceito da sífilis; transmissão; testes; sífilis primária; sífilis secundária; sífilis terciária; e testes imunológicos: treponêmicos e não treponêmicos.
Também foi abordado: sífilis latente; métodos diagnósticos de sífilis: testes imunológicos; diagnóstico; tratamento; tratamento e monitoramento; sífilis em gestante; resposta imunológica ao tratamento; critérios de retratamento; fluxo de notificação a partir da classificação do RN ao nascimento, baseado apenas no histórico materno; criança exposta à sífilis; seguimento clínico-laboratorial da criança exposta à sífilis; criança com sífilis congênita; vigilância de sífilis no Brasil; e notificação.
De acordo com Marco Aurélio, até agora estão registrados 449 casos de sífilis congênita e 849 casos de sífilis em gestantes. A ação faz parte de todo o enfrentamento e ações conjuntas realizadas entre Vigilância em Saúde e Atenção à Saúde, junto aos municípios e serviços de saúde, para que seja possível diagnosticar a sífilis em todas as gestantes e fazer o tratamento adequado. “Essa é ação tem o objetivo de diminuir o problema da sífilis no nosso território. Para o tratamento adequado, o Estado faz a distribuição da penicilina benzatina. Além do tratamento, a gente busca o diagnóstico e a sorologia nas maternidades, para que a sífilis congênita seja evitada”, explicou.
Marco Aurélio também pontuou que o SUS estadual foca em sífilis na gestante, sífilis congênita, mas sabendo que é importante ter o diagnóstico da sífilis adquirida, que é a sífilis que os homens e as gestantes adquirem e precisam ser tratados. “Para isso há distribuição de testes rápidos para sífilis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). É um exame de fácil acesso. Além dessa realidade, a gente está discutindo a questão da implementação da triagem e rastreamento nas UBSs. É importante que aquelas pessoas que têm uma vida sexualmente ativa sejam testadas para sífilis, a fim de um diagnóstico precoce, já que a grande maioria dos casos pode passar como assintomático pela maior parte do tempo”.
Para o diretor de Atenção Primária à Saúde da SES, João Paulo Brito, o enfrentamento da sífilis é constante, mas agravado no período da pandemia e pelas dificuldades que a pandemia impôs à assistência de saúde à população e coloca essa pauta, que já era prioritária do sistema de saúde, como necessária à discussão. “Temos a sífilis gestacional como um fator de risco à formação fetal, à prematuridade, assim como aos óbitos neonatais. Então a Atenção Primária pode fazer identificação precoce e um grupo de atividades de prevenção ao contágio, acompanhar e tratar as gestantes e mulheres com as melhores práticas é essencial para ofertar o devido cuidado e reduzir as consequências que a sífilis pode gerar à saúde da população”, ressaltou.
Moradora de Simão Dias/SE, Jaqueline de Castro Santos se tornou paciente do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) do respectivo município desde novembro de 2020, quando a unidade iniciou os serviços. Paciente com deficiência, Jaqueline vai às consultas acompanhada da mãe, Edivalda Santos. Antes de existir esse CEO, Edivalda levava a filha para receber atendimento em Aracaju. “Fazer procedimentos em Aracaju demandava muito gasto financeiro. Ter uma unidade odontológica aqui no município nos ajudou bastante. É um grande privilégio ser paciente do CEO. Temos atendimento de excelência, com profissionais preparados, educados e competentes. Portanto tiro meu chapéu para todos que fazem parte do CEO. Sempre contem comigo e sintam-se abraçados por mim e Jaqueline”, conta.
Neste mês de novembro/2021, o CEO Virgílio de Carvalho Oliveira Sobrinho (Simão Dias), administrado pela Fundação Estadual de Saúde (Funesa) – com suporte da Secretaria de Estado da Saúde (SES), completa um ano de funcionamento. Jaqueline é faz parte dos 1500 usuários que a unidade atendeu nos últimos 12 meses. Durante esse período, foram realizados mais de dois mil atendimentos. Desses, foram contabilizados 1200 tratamentos endodônticos, 340 atendimentos a pacientes com necessidades especiais (pessoas com deficiência), 260 atendimentos de periodontia, e mais de 20 biópsias. A equipe de profissionais de saúde bucal conta com seis cirurgiões-dentistas: três especialistas em endodontia, um especialista em pacientes com necessidades especiais, um periodontista e um cirurgião bucomaxilofacial, além de seis auxiliares de saúde bucal.
O CEO regional de Simão Dias também atende aos municípios de Campo do Brito, Carira, Macambira, Pinhão, Poço Verde, Pedra Mole e Salgado. Endodotista no CEO, Yanne Barbosa destaca a satisfação em fazer parte desse trabalho. “Fico muito feliz por completar esse ciclo e fazer parte dessa equipe, que durante esse ano realizou um trabalho árduo e muito dedicado. É bom voltar à Funesa, onde já atuei na gestão e agora como especialista nesse novo CEO, onde fui muito bem acolhida. Também é muito importante testemunhar que podemos oferecer um serviço com ética, respeito e qualidade no SUS para a população de Simão Dias e região”.
Para a gerente da unidade, Aléxya Almeida, foi muito emocionante ver esse trabalho ganhar forma e ofertar um serviço de excelência à população. “É um projeto lindo e que beneficia muita gente. A unidade está cada vez mais equipada, demonstrando uma enorme preocupação com o avanço e a qualidade em nossos atendimentos. Além da estrutura física, contamos com uma equipe de profissionais incrível que, além de possuir capacidade prática avançada, detém um tratamento para com os pacientes, focado na humanização, no respeito e na empatia, complementando brilhantemente o serviço prestado no CEO”, disse.
Serviços
As oito unidades dos CEOs – localizadas em Boquim; Capela; Laranjeiras; N.Sra. da Glória; Propriá; São Cristóvão; Simão Dias; e Tobias Barreto – ofertam serviços nas áreas de endodontia, periodontia, cirurgia bucomaxilofacial, cirurgia oral, atendimento a pessoas com necessidades especiais (pessoa com deficiência), e diagnóstico bucal com ênfase na detecção do câncer de boca. Em Sergipe, a escolha pelos centros regionalizados, administrados pela Funesa, com suporte da SES, foi uma iniciativa do governo estadual para assegurar que os municípios que não possuem CEO municipal pudessem ter acesso a esses serviços.
Além desses serviços, os Centros também contam com a garantia de exames complementares como radiografias periapicais, interproximais, oclusais, panorâmicas e exames anatomopatológicos para o correto diagnóstico e tratamento da saúde bucal para os usuários que estão em tratamento. Se o paciente for diagnosticado com necessidades de alta complexidade, ele precisa retornar à UBS ou ir diretamente à rede hospitalar. Na rede hospitalar, os atendimentos odontológicos são realizados no Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), Hospital Regional de Itabaiana e Hospital Universitário (HU).
“Ontem um menino que brincava me falou que hoje é semente do amanhã… Para não ter medo que este tempo vai passar… Não se desespere não, nem pare de sonhar…” Os versos da canção de Gonzaguinha abriram a “IV Jornada Estadual da Prematuridade da Secretaria de Estado da Saúde” que aconteceu neste 17 de novembro, Dia Internacional de Consciência para a Prematuridade.
A voz do cantor estanciano Pedro Dias acolheu com sensibilidade os participantes do evento e fez reverberar por meio da letra da canção, uma homenagem para trabalhadores da Rede Estadual de Saúde Materno Infantil. Um merecido afago para esses sonhadores que, anualmente, materializam, mesmo diante das dificuldades, diversas ações no Novembro Roxo, pois, neles prevalece a crença que possuem no exercício da profissão e na evolução constante do Sistema Único de Saúde (SUS). O artista disse que o evento oportunizou o primeiro contato dele com o tema da prematuridade. “A música de Gonzaguinha é atemporal, ele sempre muito cirúrgico em suas poesias. O ponto que mais me toca é o início, quando ele fala que foi um menino quem falou a ele sobre o futuro, a semente do amanhã é plantada hoje. A letra só reforça que as crianças são a semente do amanhã e a partir delas devemos plantar o que virá. É uma honra e uma responsabilidade muito grande ter sido convidado a estar neste evento de saúde muito significativo, numa semana muito importante”, compartilhou o músico.
Foto: Flávia Pacheco/SES
Um plantio de uma muda de Ipê Roxo, protagonizado pela Secretaria de Estado da Saúde Mércia Feitosa e pela superintendente da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Lourivânia Prado, foi acompanhado por uma fala emocionada e saudosa. A gestora da SES, após assistir o teaser do documentário “Sementes do Amanhã”, produzido pela assessoria de comunicação da SES, relembrou a memória de Carline Rabelo que faleceu em 2016, ela atuava como neonatologista na maternidade e deixou um importante legado de compromisso e coragem ao colocar o cuidado neonatal em evidência para qualificar a assistência, modificando o panorama neonatal no estado, colocando-o no rol das discussões e ações dos centros maternos neonatais do país. Foi na gestão dela que a maternidade Nossa Senhora de Lourdes teve a certificação do método Canguru e se legitimou como centro de referência.
“Carline semeou e a semente deixada por ela eu vejo crescer em cada uma de vocês. A gente tem que semear o bem, semear o amor e ser profissional amando o que faz, quando a gente faz o nosso trabalho assim, colhe frutos. A saúde não se faz se não houver amor, sem amar e dar o melhor de nós. Eu vi a emoção de vocês no teaser do documentário, e sei que essa paixão vem porque, diariamente, vidas nascem nas mãos de toda a equipe. Uma equipe que luta e essa energia de lutar os bebês absorvem e conseguem superar os desafios devido a essa sinergia”, fala a secretária com a voz embargada.
Foto: Flávia Pacheco/SES
A gestora destacou, ainda, os desafios de gerir a SES em tempos pandêmicos. “Esses dois anos e meio não foram fáceis, assumir uma gestão na pandemia foi um desafio, contudo, o que me motivou a seguir foi saber que ao meu lado eu tenho pessoas que dão o melhor de si a cada dia. Nesses dois anos e meio vivemos a Covid-19 também na maternidade, conseguimos salvar tantas crianças e mães da doença apesar dos obstáculos, afinal, temos uma unidade que é uma grande referência, um espaço tão qualificado, uma luz para as crianças sergipanas. E isso graças a um time fortalecido que supera os desafios diários junto às crianças com maior risco de morte.Esse é o time SES, o time SUS, minha gratidão a todos vocês”, expressa Mércia.
Essa fala da Secretária se conecta com o trecho da canção “Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs… Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar! Fé na vida Fé no homem, fé no que virá!”. O que pode ser comprovado no empenho das ações formativas e informativas pensadas pelas equipes da SES para os trabalhadores da Saúde e sociedade em geral. “Hoje o que quisemos trazer para a abertura, com o Seminário da Prematuridade, foi fazer o trajeto desse parto, do gestar e nascer com segurança. É preciso olhar para a atenção primária, falar sobre pré-natal, gestação de alto risco e acerca das intervenções necessárias, pensando na prematuridade evitável. Esse é um momento de partilha de conhecimentos, de experiências que tiveram êxito para pensarmos como fazer o melhor com o que dispomos na rede. ”, explica a enfermeira e gerente da UTIN, Monique Daniela Cabral.
Foto: Flávia Pacheco/SES
A enfermeira explicou que o Novembro Roxo da SES está sendo marcado por ações como a construção da árvore de pezinhos, pensada para sensibilizar as equipes sobre o melhor cuidado, tivemos o plantio do ipê roxo com o propósito de resgatar na memória a importância do trabalho realizado, afinal, somos raiz de todo esse processo. Além disso, o método canguru entrou na semana da prematuridade esse ano como grande destaque e iluminamos os prédios públicos com a cor roxa para chamar a atenção da sociedade, pois, acreditamos que todo mundo deve participar dessa causa”, reforça Monique.
A paixão expressada por Monique pode ser sentida na fala, nos olhares de todos e todas que compareceram à abertura da Semana da Prematuridade no auditório do Centro Administrativo da secretaria: representantes da SES, da Fiocruz, do Ministério da Saúde e das maternidades estaduais. A importância de uma rede fortalecida esteve presente na fala dos convidados e dos profissionais, deixando a certeza de que Gonzaguinha está certo ao poetizar que “Nós podemos tudo, Nós podemos mais! Vamos lá fazer o que será!”.
Para atualizar profissionais de saúde, sobretudo os que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS), a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através do Telessaúde Sergipe, realizou, nesta terça-feira, 16, uma tele-educação com o tema “Toxoplasmose Congênita e Gestacional”. Na oportunidade, as webpalestras foram ministradas pela docente do Departamento de Pediatria e Cirurgia Pediátrica da Universidade Estadual de Londrina (UEL), docente do Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Laboratorial da UEL e doutora em Ciências da Saúde, Jaqueline Dario Capobiango; e pela nutricionista, especialista em Nutrição em Pediatria e Gastropediatria, mestre em Ciências da Saúde e atua na área técnica da toxoplasmose da SES, Marcela Barros Barbosa de Oliveira.
No conteúdo, a docente Jaqueline fez uma introdução sobre a temática, incluindo conceitos e risco de transmissão vertical, e abordou sobre epidemiologia, manifestações clínicas, manejo clínico, diagnóstico laboral, tratamento, seguimento e benefícios do tratamento. Já a nutricionista, especialista e referência da área de toxoplasmose da SES, discorreu sobre “Vigilância da Toxoplasmose”, com abordagem sobre aquisição de medicamentos, fluxo de notificação, investigação, Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), acesso ao tratamento, solicitação mensal de medicamentos, diagnóstico da toxoplasmose gestacional e tratamento da toxoplasmose congênita.
Referência técnica da ação, a enfermeira e gerente Ciclos de Vidas da Coordenação de Atenção Primária à Saúde – CEAPS/DAPS da SES, Kátia Valença, explicou que a condição do pré-natal, desde a captação até o final da gestação (à exceção da gestante, cuja gravidez seja classificada como de risco), é muito importante. “Esse momento aborda a atualização em relação às toxoplasmoses gestacional e congênita, desde o manejo até a obtenção e tratamento de dados, além de avaliar a situação da epidemiologia em Sergipe, a importância da notificação e como devemos proceder na condução da gestante diagnosticada com toxoplasmose”.
De acordo com o diretor de Atenção Primária à Saúde da SES, João Paulo Brito, a toxoplasmose é uma parasitose bastante presente no cotidiano da população, o que reforça a importância da ação. “No Brasil, a toxoplasmose ainda é considerada uma doença negligenciada. No caso de infecção em gestante, a doença pode provocar desde parto prematuro a consequências no processo gestacional como um todo, e também o nascimento de uma criança com sequelas. Implantamos a vigilância sobre a toxoplasmose em 2015, que marca o início desse esforço no país. Esforço do qual a SES, que possui estrutura para realizar investigação e a vigilância em toxoplasmose”, explicou.
Ainda segundo o diretor João Paulo, a implantação de um método como esse, que tem quase seis anos, precisou de espaço e de tempo, pois foi necessário estruturar o trabalho e fortalecer o diálogo junto a profissionais e gestores. “A principal medida que a gente tem de enfrentamento à toxoplasmose é educação em saúde. Dialogar com as gestantes, orientando sobre a necessidade de evitar o consumo de alimentos mal higienizados, carnes mal cozidas, etc. Então, quando dialogamos com os profissionais é no intuito de fortalecer essa estratégia de educação em saúde, mobilizá-los em relação a esse diálogo com as gestantes e reforçar essa estratégia de prevenção: não comer carne crua, mal cozida, não ter contato com fezes de gatos, etc”, pontuou.
A fim de qualificar profissionais de saúde que atuam nas emergências cardiovasculares das portas de entrada da Rede de Atenção às Urgências, de forma a contribuir para melhoria da assistência prestada aos pacientes com doenças que afetam o sistema cardiovascular, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), iniciou nesta terça-feira, 16, o Curso de Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS). A capacitação, que também tem como foco a otimização do quadro clínico, segue até o dia 26 de novembro.
Participante do curso, o médico do Núcleo de Educação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Carlos Eduardo Oliveira, ressalta que as doenças cardiovasculares são as maiores causas de mortes na população adulta no Brasil, e o curso trata as principais patologias que levam o paciente ao óbito. “A gente faz um reconhecimento precoce da patologia, para organizar a equipe e realizar um atendimento bem direcionado, melhorando a qualidade do atendimento e tempo de sofrimento do paciente pela doença, para que ele sobreviva, ou no caso das paradas, de forma que a circulação espontânea retorne. Quanto mais a gente conseguir identificar e tratar precocemente esses agravos, com uma equipe bem coordenada e que saiba como proceder, é possível dar uma sobrevida com qualidade a esse paciente”.
Foto: Míriam Donald
De acordo com o instrutor da capacitação e médico que atua no serviço de emergência hospitalar de Curitiba (PR), Juliano Sadowski, a capacitação é uma atualização do profissional ao atendimento de urgência e emergência, e em casos de vida em cardiologia. “Esse curso proporciona todo conhecimento e prática mais recente que existe em suporte de vida em cardiologia: desde procedimentos a medicamentos até como atuar durante a ação de emergência. Envolve taquiarritmias, bradiarritmias, suporte em casos de parada cardiorrespiratória, suporte ao AVC (Acidente Vascular Cerebral), bem como ao paciente vítima do infarto – Síndrome Coronariana Aguda”, explica.
Na oportunidade, também foram abordadas práticas de como o profissional deve fazer a reanimação, como o tórax do paciente deve ser comprimido, como esse paciente deve ser ventilado, além da forma e o tempo que o profissional deve fazer as compressões e ventilações. “Atualmente temos estudos que mostram que, quanto mais efetiva for uma reanimação, maiores as chances do paciente retomar a circulação espontânea, de retornar o pulso desse paciente. E segue, ainda, numa linha de educação continuada, de estar sempre atualizando o profissional, deixando-o apto e adequado ao atendimento de emergência, com as melhores técnicas de ressuscitação disponíveis no momento”, destaca o médico Juliano.
Foto: Míriam Donald
A coordenadora de Políticas de Atenção Especializada e de Urgências da SES, Neuzice Oliveira, afirma que “o curso busca aperfeiçoar competências dos profissionais para um atendimento de qualidade nas situações de emergências, como arritmias, infarto agudo do miocárdio, AVCs e situações de parada cardiorrespiratória”.
Discutir o tratamento e a assistência às pessoas vivendo com HIV/Aids no contexto da covid-19, a valorização do SUS (Sistema único de Saúde) e o contexto social do ativismo. Esses foram os focos principais do Encontro Estadual de Pessoas Vivendo com HIV/aids, realizado nesta quinta-feira, 11, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa). Na oportunidade, integrantes de movimentos sociais, instituições e profissionais de saúde e/ou que atuam na área do HIV/Aids também fizeram análise de situação desses movimentos e dialogaram sobre outras questões relacionadas à temática.
O encontro, que ocorre anualmente, ocorreu em sua décima edição. De acordo com uma das referências no assunto, a representante estadual da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, Georgina Machado, o encontro buscou a reintegração das pessoas vivendo no contexto social do ativismo, pois com a pandemia da covid-19 havia muitas dúvidas. “Sobretudo, foi uma oportunidade de obter informação de qualidade e adquirir conhecimento. Discutimos pautas como a valorização do SUS e a necessidade de defendê-lo, fizemos uma análise de conjuntura do Nordeste e o processo de tratamento nos estados, além de discutir a atual conjuntura política do ativismo”, destacou.
Foto: Míriam Donald
Georgina também ressaltou sobre a importância da assistência de qualidade no Serviço de Atendimento Especializado (SAE) e a necessidade de ter um encontro diretivo, uma equipe multidisciplinar para que a adesão ao tratamento seja completa. “A adesão ao tratamento não é apenas o retroviral. Fora outras questões socioeconômicas de muitas pessoas, como disse o Dr. Almir Santana. Com a pandemia, quem se sustentava com serviços autônomos e outros trabalhos, não fez mais. Isso foi devastador porque muitas vidas foram ceifadas e, por causa da patologia, muitas pessoas não podiam se expor para conseguir a sua sobrevivência. O nosso objetivo é estarmos juntos para solucionar essas demandas coletivamente e decidir o que vamos fazer agora, que caminhos podemos seguir”.
Também presente no evento, a representante do Movimento Nacional de Mulheres Cidadãs Positivas (MNCP), Fátima Souza, o momento foi importante porque promoveu o resgate da autoestima, pois dialogar coletivamente, estar próximo, gera confiança e otimismo. “O abraço, que faltava em decorrência da pandemia, foi muito importante para cada pessoa que vive com o vírus do HIV. Discutir a questão do HIV e covid é fundamental, pois ainda há gente que foge do tratamento. É uma luta trazer essas pessoas para a adesão, tanto adultos, quanto crianças. Muitas vezes, pelo vírus estar indetectável, a pessoa pensa: ‘Estou curado. Não vou usar mais preservativo’. Por isso a gente precisa viabilizar essa informação, conscientização e educação”, disse.
Foto: Míriam Donald
Para o gerente do Programa de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais da SES, o médico sanitarista José Almir Santana, a prioridade é reforçar que o tratamento é constante, não deve ser abandonado. “Na condição de pessoas soropositivas, se abandona o tratamento a imunidade diminui. Se a covid se instalar a situação pode se complicar. Meu recado principal para eles é: valorizem o tratamento contra o HIV, usem a medicação corretamente. Sendo assim, ao se contaminar com coronavírus, a recuperação fica mais fácil. Aqueles que abandonam o tratamento dificilmente se recuperam”, afirmou.
Foto: Coordenação de Promoção e Prevenção à Saúde/Funesa
Neste Novembro Azul – Mês de Conscientização sobre a Saúde do Homem, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) fechou parceria com nove municípios que solicitaram a Carreta do Homem para a execução de serviços de saúde voltados para o público masculino, a exemplo da detecção do câncer de próstata. As ações são viabilizadas pelo envio da Carreta da Saúde do Homem aos territórios, equipada com aparelho de ultrassonografia.
O primeiro o ser contemplado com a parceria foi o município de Japaratuba, que nesta terça-feira, 09, ofereceu consultas com generalista, ultrassom de próstata, exames laboratoriais (PSA, VRDL, Hemograma), consulta com nutricionista, ventosoterapia (tratamento natural com a utilização de ventosas em um local do corpo para melhorar a circulação sanguínea), procedimentos odontológicos e serviços de urologia, segundo informou a referência técnica e assessora da Coordenação Estadual de Assistência Ambulatorial da DAEU/SES, Samira Silva Almeida.
Na sequência, a Carreta do Homem segue para os municípios de General Maynard, em 11/11; Ilha das Flores, em 16/11; Cedro de São João, em 17/11; Japoatã, em 18/11; Cumbe, em 24/11; Maruim, em 26/11; e Povoado Pau Ferro (Maruim), em 27/11; Rosário do Catete, em 30/11; Lagarto, em 02/12; e Simão Dias, em 07/12. “Nossa meta é promover a saúde integral do homem, aproveitando a campanha do Novembro Azul para trazê-lo para o serviço, embora o foco maior seja a prevenção do câncer de próstata”, informou Samira.
Material educativo
Por entender ser essencial aliar serviços ao conhecimento sobre tudo aquilo que envolve a saúde do homem, a SES, em parceria com Fundação Estadual de Saúde (Funesa), elaborou material educativo para ser distribuído com a sociedade, mas direcionado especialmente ao público masculino. Nos folders há orientações sobre como cuidar da saúde e informações sobre os cânceres de próstata, pênis e testículo. Também apontam as principais causas que geram o óbito precoce do homem.