Autor: Jéssica Mendes Prata

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual da Saúde (Funesa), realizou uma reunião voltada para a segurança do paciente e o controle de infecções. O evento contou com a participação de membros dos núcleos de segurança do paciente e controle de infecções dos hospitais. O encontro teve como foco principal discutir os resultados da autoavaliação das práticas de segurança do paciente em 2023.

Durante a reunião, também foram realizadas duas exposições dialogadas. A primeira abordou o plano de segurança do paciente, com o Hospital Cirurgia apresentando sua experiência bem-sucedida na implementação dessas práticas. A segunda tratou da implantação de protocolos de controle de infecção, com o Hospital Universitário compartilhando sua trajetória e resultados.

O evento contou com a presença de coordenadores dos núcleos de segurança do paciente e controle de infecções de hospitais públicos, privados e filantrópicos, com unidades de terapia intensiva (UTIs) e maternidades. Liane enfatizou que esta foi a primeira reunião do colegiado ampliado, uma nova metodologia implantada pela gestão estadual para promover a troca de experiências entre os núcleos dos hospitais. A previsão é que essas reuniões ocorram pelo menos duas vezes ao ano.

Maíza Daiane, referência técnica no Núcleo Estadual de Segurança do Paciente e Controle de Infecções, ressaltou a importância da reunião. “Estamos iniciando o primeiro colegiado, uma ação muito aguardada pelos serviços de saúde. Trabalhamos a segurança do paciente nos níveis público, filantrópico e privado, seguindo diretrizes do Ministério da Saúde, Anvisa e OMS”, explicou Maísa.

Ela acrescentou que a reunião foi essencial para discutir com os serviços de saúde prioritários que possuem UTIs e centros cirúrgicos sobre a conformidade dos protocolos e a integração desses serviços para garantir a segurança do paciente. 

“Precisamos traçar um perfil de risco e, conversando com eles, podemos tomar ações mais pontuais, tanto nos serviços de gestão própria quanto nos que estão começando agora no estado”, concluiu Maísa. A reunião reforçou a importância da integração, comunicação e entendimento entre os diferentes serviços de saúde para uma gestão de risco mais efetiva, garantindo, assim, a segurança e o bem-estar dos pacientes.

Texto e Imagem – Nucom/Funesa

A Biblioteca da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP/SE), vinculada à Fundação Estadual de Saúde (Funesa), tem como objetivo promover a disseminação de informações e conhecimento na área da saúde. Com um acervo físico e virtual diversificado que inclui livros, periódicos, obras de referência e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), a biblioteca se consolidou como um importante recurso para profissionais, estudantes e pesquisadores.

O acervo é mantido e organizado por um profissional de biblioteconomia, que realiza o processamento técnico de acordo com normas internacionais, além de oferecer atendimento ao público, orientar usuários na utilização de fontes de informação seguras na área da saúde e desempenhar outras atividades essenciais. O acesso à biblioteca é aberto à comunidade, seguindo as normas de acesso da ESP/SE.

De acordo com Camila Vieira, bibliotecária da ESP/SE, a biblioteca utiliza o Sistema Biblivre para gerenciar empréstimos e oferece acesso à Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) através de parcerias com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), a Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) e o Centro Especializado da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

“Essas parcerias visam facilitar a pesquisa e tornar pública a produção técnica e científica na saúde estadual. Como bibliotecária, sinto-me honrada em trabalhar em uma instituição como a ESP, cuja missão é promover a educação permanente em saúde e a formação de profissionais qualificados para o SUS”, afirmou Camila Vieira.

Os principais beneficiários da biblioteca são os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), professores, pesquisadores e estudantes da área da saúde. A enfermeira Rita Santos destaca a importância da biblioteca para a sua profissão. “Ter uma biblioteca pública com um acervo exclusivamente voltado para a saúde é fundamental para nós, profissionais da área. Precisamos constantemente nos atualizar e ampliar nossos conhecimentos, e uma biblioteca como essa é uma ferramenta essencial para o nosso aprendizado contínuo”, ressalta.

Acesso à Biblioteca

A unidade oferece diversos serviços e recomenda-se que os usuários consultem o regulamento disponível no site da Funesa, na seção da Escola de Saúde Pública-SE, para obter informações detalhadas sobre acesso, horário de funcionamento e outras questões relevantes.

Embora o acesso à biblioteca seja livre, os empréstimos de materiais bibliográficos são restritos aos funcionários da ESP, da Funesa e da Secretaria de Estado da Saúde (SES), bem como aos alunos de pós-graduação da ESP/SE.

Texto e Foto : Nucom/Funesa

Médicos e enfermeiros da APS de todo o estado participaram da capacitação

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em colaboração com a Fundação Estadual da Saúde (Funesa) e a Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP/SE), realizou nesta quarta-feira, 31, um curso de capacitação em puericultura visando aprimorar a assistência às crianças de zero a 19 anos, com foco especial no crescimento e desenvolvimento infantil.

A responsável técnica em saúde da criança da SES, Larissa Primo, explicou a importância do curso para o dia a dia dos profissionais que lidam diariamente com crianças. “Este é um curso para melhorar a assistência às crianças, especialmente no que diz respeito ao crescimento e desenvolvimento. Um dos principais instrumentos de trabalho para essa consulta é a caderneta da criança. Ela é fundamental para que familiares, cuidadores e profissionais possam acompanhar e ajudar no desenvolvimento motor, cognitivo e intelectual das crianças, além de orientar a alimentação”, informou Larissa.

Os participantes do curso foram médicos e enfermeiros da atenção primária de todo o estado, e o objetivo da capacitação foi uma qualificação para melhorar o atendimento às crianças, aumentando os índices de consultas de puericultura, que atualmente estão muito baixos, e consequentemente reduzir as comorbidades e a mortalidade infantil. “Outro ponto abordado no curso de hoje foi a necessidade de aumentar a cobertura do teste do pezinho, essencial para a detecção precoce de doenças”, ressaltou Larissa Primo.

A professora universitária Aglaé Araújo, especialista em saúde da criança e do adoelscente, destacou também que a saúde da criança se inicia no primeiro contato nas Unidade Básica de Saúde (UBS), que é justamente a puericultura. “Esse curso é vital para garantir um crescimento e desenvolvimento saudáveis, melhorando a qualidade de vida da criança. No dia a dia, essa atualização facilita o trabalho dos profissionais, que muitas vezes não estão atualizados com as mudanças nos protocolos do Ministério da Saúde”, destacou Aglaé Araujo.

Ainda de acordo a professora, a capacitação inclui a inserção de novas atividades na caderneta da criança, como a recente inclusão da escala para avaliação de rastreio de Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Capacitações anteriores não abordavam essa questão, mas agora os profissionais poderão utilizar essa nova ferramenta, aprimorando o atendimento à população infantil”, revelou. 

Profissionais

A enfermeira Andreia Bianca, que atua na APS no município de Indiaroba, destacou a importância de se capacitar continuamente. “Sempre busco participar de cursos como esse para agregar conhecimento e contribuir no meu dia a dia. É fundamental que os pais entendam a importância desses profissionais e do acompanhamento de saúde para as crianças”, ressaltou.

O médico Marcos Pinheiro, clínico geral em Ribeirópolis, explicou que o atendimento à criança requer dedicação e cuidado e que as informações passadas durante o curso ajudam os profissionais que estão na ponta a entenderem melhor sobre como conduzir o atendimento aos usuários. “O paciente pediátrico muitas vezes não consegue expressar o que sente. A puericultura não apenas identifica problemas precoces, evitando possíveis sequelas futuras, mas também cria um vínculo entre a população e o médico, tornando o ambiente da UBS mais tranquilo”, disse Pinheiro.

Segundo o médico Marco Pinheiro, o rastreio precoce e adequado de doenças na infância permite tratamento antes que se tornem problemas de saúde graves. “A vacinação é outro ponto crucial. Muitos pais estão se negando a vacinar seus filhos, mas é importante entender que as vacinas são para o bem da criança, ajudando a reduzir a mortalidade infantil, que hoje é muito mais baixa do que antigamente”, concluiu.

Saúde mental e educação sexual foram assuntos abordados na capacitação

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual da Saúde (Funesa), realizou nesta quinta-feira, 25, uma webpalestra voltada para jovens e profissionais que atuam na assistência e cuidado aos adolescentes e à população em geral.  A capacitação contou com a participação de 250 pessoas de Sergipe e alguns outros estados do Brasil, abordando temáticas como saúde sexual e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) na adolescência, assistência integral  de saúde e saúde mental para adolescentes. 

Um dos objetivos da ação foi proporcionar aos adolescentes e jovens o conhecimento necessário sobre a importância de acessar informações seguras sobre saúde. Além disso, a webpalestra foi direcionada aos profissionais de saúde, com o intuito de garantir a oferta de serviços qualificados e sensíveis às necessidades desses jovens e adolescentes. A ideia é que os jovens se sintam acolhidos pelas equipes de saúde em suas demandas e necessidades, garantindo seu direito ao acesso e cuidado integral.  

De acordo com Suziani Soares, referência técnica em Saúde do Adolescente da SES, momentos como esse são fundamentais para abordagem de assuntos extremamente importantes no cuidado dessa população, contribuindo para a autonomia dos adolescentes e para a adoção de práticas sociais e de saúde centradas no respeito às diversidades.  

O médico sanitarista e responsável técnico pelo programa estadual de IST/Aids da SES, Almir Santana, ressalta que discutir a saúde sexual e a prevenção de ISTs é igualmente importante. “A atual geração de adolescentes utiliza as redes sociais como principal meio de comunicação, o que muitas vezes resulta em acesso a informações incorretas. Por isso, é fundamental que professores e profissionais de saúde abordem esses temas de maneira natural, desmistificando-os e orientando os jovens sobre os riscos envolvidos”, pontuou. 

Ainda de acordo com Almir Santana, a webpalestra também enfatizou a importância de envolver professores e pais na educação sexual dos adolescentes. “Muitos professores e profissionais de saúde ainda sentem desconforto ao tratar desses assuntos, e a capacitação pode auxiliá-los a abordar esses temas de forma mais eficaz. Indiretamente, os professores podem motivar os pais a participarem mais ativamente, mostrando a vulnerabilidade dos jovens e a importância da participação deles na prevenção de problemas como gravidez na adolescência e infecções por HIV”, destacou.

Fotos: Jessica Mendes

Diversidade no trabalho foi tema desta edição do seminário

A Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) e a Fundação Estadual da Saúde (Funesa), realizou nesta quinta-feira, 25, o III Seminário Integrado sobre Saúde e Segurança do Trabalhador. Com o tema “Diversidade no Trabalho: Saúde versus Preconceito”, o evento, que integra o calendário anual, promoveu discussões sobre a criação de ambientes de trabalho mais seguros e inclusivos. 

Realizado anualmente no mês de julho, o seminário já abordou temas como a “uberização” do trabalho e o impacto das plataformas digitais. Este ano, o foco está na discriminação no ambiente de trabalho, abordando preconceitos de gênero, raça, etnia, misoginia e assédio. 

Segundo Igor Coelho, coordenador geral do Cerest Sergipe, o evento inclui uma discussão sobre a integração de indígenas no ambiente de trabalho, destacando os desafios enfrentados pelas organizações para acolher a diversidade e como isso pode enriquecer o ambiente profissional. 

“A nossa expectativa é aumentar a conscientização, tanto dos empregadores quanto dos empregados da necessidade de banir esses preconceitos, cada vez  a gente vive uma sociedade mais diversa e a aceitação da diferença é também a aceitação de um ambiente mais saudável, mais produtivo de trabalho”, revelou Igor. 

Akanawá Tononé, representante dos povos originários da etnia kariri-xocó e uma das palestrantes, enfatizou a importância do seminário para promover respeito mútuo e reconhecer a singularidade de cada indivíduo no ambiente de trabalho. “O evento oferece uma plataforma para o diálogo e a troca de conhecimentos, promovendo não apenas a conscientização, mas também a implementação de políticas públicas inclusivas”, afirmou. 

A enfermeira Joseane Ribeiro, que participou do evento, destacou que o seminário é crucial para a atualização e disseminação de conhecimentos entre profissionais da saúde. “Manter a vigilância constante sobre saúde e segurança é fundamental. Esses momentos de troca de saberes nos permitem identificar pontos específicos para melhoria e aprender com as ações exitosas desenvolvidas por nossos colegas”, concluiu.

Integrados ao programa ‘Brasil Sorridente’, do Ministério da Saúde, os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) em Sergipe realizam diversos procedimentos odontológicos especializados. Sob gestão da Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), essas unidades oferecem serviços essenciais para a saúde bucal da população sergipana.

Funcionando como centros de saúde odontológica de média complexidade, os CEOs estão presentes em Boquim, Capela, Laranjeiras, Nossa Senhora da Glória, Propriá, São Cristóvão, Simão Dias e Tobias Barreto. Cada unidade atende não apenas os moradores locais, mas também os usuários das cidades vizinhas, ampliando o acesso aos serviços odontológicos em todo o estado.

Um dos serviços disponíveis nos CEOs de Propriá e São Cristóvão é a confecção de próteses dentárias. Os usuários chegam aos consultórios encaminhados por Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com uma solicitação de prótese. Nos primeiros seis meses de 2024, cerca de 200 próteses foram entregues nas unidades.

De acordo com o dentista Marco Antônio, especialista em prótese, os dentes são fundamentais para uma boa mastigação, dicção e, acima de tudo, para a autoestima. “Aqui recebemos usuários com perda dos dentes sem a devida substituição, o que afeta a autoestima, a estética, a fonética e, principalmente, a mastigação. A correta mastigação dos alimentos é essencial para que o processo digestivo, que começa na boca, ocorra de maneira adequada”, explicou.

Ainda segundo Marco Antônio, a colocação das próteses envolve várias etapas, incluindo moldagem inicial, provas funcionais, prova com os dentes, entrega da prótese e ajustes finais. “Entregar uma prótese que atenda aos critérios de estética, fonética e satisfação do paciente é extremamente gratificante. Ver o paciente feliz, com a autoestima recuperada e reintegrado à sociedade nos motiva diariamente. Tenho mais de 30 anos de experiência nesse serviço, com atuação em consultório particular, ensino em universidades e estudos constantes para atualização. Amo o que faço e não me imagino em outra profissão”, destacou.

A costureira Rosângela Gomes, da cidade de Propriá, no baixo São Francisco, não esconde o entusiasmo ao receber a nova prótese. “Estou me sentindo maravilhosa. Aumentou minha autoestima e, para mastigar, ficou muito melhor. Antes era muito sofrimento e tristeza, eu vivia mastigando na gengiva e me machucava muito. Antes, sorrir para foto, nem pensar. Eu saio daqui dando nota 10 aos profissionais, ao serviço e ao meu novo sorriso”, revelou Rosângela.

O senhor João Ulisses também recebeu a prótese e diz que agora terá outra vida, pois os dentes fazem toda a diferença. “Hoje precisei fazer só um ajuste na minha prótese, mas já sinto uma diferença enorme. Eu tinha muita dificuldade para comer e, em poucos dias com a prótese, já consigo me alimentar melhor. Antes, eu tinha receio de machucar e tinha duas alternativas: ou engolia a comida inteira ou feria minha gengiva. Mas, graças ao trabalho do doutor aqui do CEO, isso não vai mais acontecer”, contou.

Elisangela Correia, moradora de Propriá e usuária do CEO, também recebeu a prótese e destaca o atendimento prestado pela unidade. “A falta dos dentes mexe muito com a nossa autoestima. A partir de hoje, com a prótese, terei um novo estilo de vida, ou melhor, qualidade de vida. Sem contar o acolhimento e o atendimento aqui do CEO. Sempre fui muito bem recebida por todos, desde o primeiro dia até agora, quando recebi minha prótese. Há três anos eu me escondia por estar sem dentes, mas hoje, não consigo esconder minha felicidade e gratidão”, ressaltou.

Fluxo de atendimento

Os CEOs estão estrategicamente descentralizados para garantir o acesso da população ao tratamento em seus respectivos territórios. Os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são responsáveis pelo primeiro atendimento ao usuário e pelo encaminhamento aos CEOs, seguindo o protocolo de atendimento do serviço. Pessoas com deficiências têm acesso prioritário.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual da Saúde (Funesa) e a Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP/SE), realizou o primeiro atendimento da nova plataforma de telessaúde com teleorientação pediátrica nesta quinta-feira, 18. A plataforma, destinada a crianças desde recém-nascidos até menores de 13 anos, já está em pleno funcionamento e acessível para toda a população do Estado de Sergipe.

O serviço, que visa orientar tecnicamente sobre cuidados em casos de intercorrências comuns em pediatria, como síndromes respiratórias e infecções gastrointestinais, teve seu primeiro atendimento realizado com sucesso. A plataforma busca incentivar e fortalecer o acolhimento, organizar os fluxos assistenciais e garantir um atendimento rápido e pertinente às necessidades de saúde das crianças.

Os enfermeiros, disponíveis na sede da Funesa de domingo a domingo, das 7h30 às 22h, fornecem orientações à população por meio do sistema de videochamada. Pais e responsáveis já estão se beneficiando do serviço, recebendo orientações sobre como proceder com seus filhos e, quando necessário, sendo direcionados para as unidades de saúde mais próximas para um atendimento presencial adequado.

A enfermeira Jamile Silva foi quem realizou o primeiro atendimento após o lançamento. Na chamada, uma mãe enfrentava dificuldades para amamentar seu filho de um mês de vida. “A dúvida da mãe era referente a como tratar a cólica abdominal, e ela mencionou que já havia levado o bebê ao hospital há três dias, mas as cólicas continuavam. Durante o atendimento, percebi que a medicação prescrita pela médica estava sendo administrada de maneira incorreta, o que mantinha o recém-nascido com dores”, explicou Jamile Silva.

Ainda de acordo com Jamile Silva, nesse primeiro atendimento foi possível orientar a mãe quanto ao uso correto da medicação, amamentação, tempo de mamada e o jeito correto de colocar o bebê para arrotar. “Tudo isso foi possível com a teleorientação”, destacou.

A enfermeira Patrícia Lima, uma das responsáveis pelos atendimentos de teleorientação, falou sobre a importância da ferramenta na vida da população. “Muita gente não sabe, mas existem muitas medidas eficazes que não envolvem o uso de medicamentos. Às vezes, temos medidas que podem ser tomadas e que também são eficazes, e isso é algo que faremos por aqui, orientar de forma remota”, revelou.

Eneida Ferreira, coordenadora do serviço no Estado, destaca a habilidade dos gestores em combinar estratégias eficazes para essa iniciativa. “A união do conhecimento técnico-científico dos profissionais de enfermagem com o uso de tecnologias digitais de informação e comunicação foi fundamental para a criação e disponibilização desse serviço de teleorientação à sociedade”, enfatizou.

A coordenadora também destaca a rapidez no acesso às informações de cuidado. “Orientações importantes estão sendo fornecidas, garantindo um cuidado correto e seguro em domicílio, evitando encaminhamentos desnecessários. Além disso, quando há a necessidade de atendimento presencial, o responsável é orientado sobre o serviço estadual mais próximo e adequado às necessidades de saúde da criança”, afirma Eneida Ferreira.

Alan Casemiro, representante da empresa responsável pelo desenvolvimento do software de saúde e pela criação da plataforma de telessaúde em Sergipe, explicou o processo de criação. “Pensando na alta demanda em pediatria, a plataforma foi desenvolvida para auxiliar no fluxo dos atendimentos e orientar os usuários. Uma mãe com um filho doente tem a opção e orientação de como proceder: se deve ir ao hospital, à unidade de saúde ou continuar os cuidados em casa. Com a tecnologia na palma da mão, sendo orientada por um profissional de enfermagem, ela pode tomar a melhor decisão sem se expor a riscos desnecessários”, reforçou.

Acesso à plataforma

Para ter acesso às orientações do programa de Teleorientação, basta acessar o link ou o QR code que aparece nesta imagem, realizar o cadastro de pré-atendimento e aguardar ser atendido pelas enfermeiras: https://web-sergipe.meeds.com.br/

A capacitação facilita a padronização dos serviços em todo o estado

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual da Saúde (Funesa), realizou nesta terça-feira, 23, uma webpalestra para capacitar profissionais de saúde sobre a atualização do protocolo clínico para meningite. O objetivo foi divulgar um fluxo mais eficiente para a notificação e confirmação de casos da doença em Sergipe.
 
A eficiência no diagnóstico e tratamento da meningite em Sergipe depende de um fluxo bem estruturado de investigação, notificação e coleta de amostras para análise laboratorial. Portanto, é essencial que os profissionais de saúde estejam continuamente atualizados sobre os protocolos de manejo clínico, epidemiológico e laboratorial.
 
A referência técnica em doenças exantemáticas e imunopreveníveis, Wesley Reis, detalhou que a meningite é uma doença grave e potencialmente fatal, afetando pessoas de todas as idades, desde bebês até adultos. “Os sintomas clássicos incluem febre alta, dor de cabeça intensa, vômitos e rigidez na nuca. Em bebês, os sintomas podem ser mais sutis, como irritabilidade, choro excessivo e recusa alimentar”, destacou.
 
Ainda de acordo com Wesley Reis, a vacinação é a medida preventiva mais eficaz contra a maioria dos tipos de meningite. “É essencial que a população mantenha o cartão de vacinação atualizado. As vacinas estão disponíveis nos postos de saúde e são recomendadas principalmente para crianças até 14 anos, mas adultos também devem verificar e atualizar suas vacinas conforme necessário”, informou.

Diagnóstico
 
Um dos palestrantes, o biomédico do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Lucyano Renovato Jacob, enfatizou a importância da notificação rápida para iniciar o controle da doença e evitar surtos. “A coleta de amostras de líquido cefalorraquidiano (LCR) é essencial para confirmar o diagnóstico, e esse material é encaminhado ao Lacen para análise laboratorial”, disse.

Lucyano Renovato Jacob também explicou que, independentemente da confirmação laboratorial, o tratamento é iniciado com base nos sintomas clínicos. “O paciente recebe cuidados médicos intensivos, incluindo hidratação e administração de antibióticos ou antivirais, conforme necessário. Paralelamente ao tratamento do paciente, as ações de vigilância epidemiológica são intensificadas, incluindo a quimioprofilaxia para pessoas que tiveram contato próximo com o paciente, a fim de prevenir novos casos”, concluiu.

Os moradores de Simão Dias, na região Centro-Sul do Estado, distante 100 quilômetros da capital, Aracaju, contam com o atendimento em saúde bucal oferecido pelo Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). Somente no mês de junho, a unidade realizou mais de 570 atendimentos.

A cirurgiã dentista e especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais (OPNE), Thaynês Batista, explica que busca sempre otimizar o atendimento aos usuários, especialmente aos usuários OPNE, realizando mais de um procedimento por sessão.

“Eles vêm aqui, avalio as demandas e faço múltiplos procedimentos por vez, para otimizar o atendimento e reduzir a necessidade de retornos. Muitos apresentam certa resistência inicial ao chegar ao CEO, mas com o tempo acabam se identificando, se aproximando dos dentistas e, assim, conseguimos realizar os procedimentos”, detalhou. 

Dayana Ketlin, moradora de Simão Dias, é mãe de uma criança com espectro do autismo, ela conta que o atendimento do CEO é essencial para o seu filho, que muitas vezes resiste ao atendimento. 

“Quando aqui não tinha o CEO, eu tinha muita dificuldade de encontrar profissionais dentistas para atender meu filho, como ele é autista, fica bastante agitado e nem todo mundo tem paciência. Aqui, o atendimento e acolhimento é diferente, fico mais aliviada e confortável, pois sei que os profissionais são preparados para receber crianças como o meu filho”, relatou. 

A aposentada Solange Nascimento, também moradora do município, conta que não conhecia a unidade e ficou encantada com a estrutura e o atendimento. “Eu não conhecia o CEO, quando fui encaminhada para cá, achei um lugar lindo, limpo e organizado. Todos que trabalham aqui são atenciosos e me receberam super bem”, destaca. 

Atendimento especializado 

Integrados ao programa Brasil Sorridente do Ministério da Saúde, os Centros de Especialidades Odontológicas em Sergipe realizam diversos procedimentos. Sob gestão da Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), as unidades oferecem serviços especializados para a saúde bucal da população sergipana.

Funcionando como centros de saúde de média complexidade, os CEOs estão presentes em Boquim, Capela, Laranjeiras, Nossa Senhora da Glória, Propriá, São Cristóvão, Simão Dias e Tobias Barreto. Cada unidade atende não apenas os moradores locais, mas também os usuários das cidades vizinhas, ampliando significativamente o acesso aos serviços odontológicos em todo o estado.

Os serviços oferecidos pelos CEOs incluem uma vasta gama de tratamentos especializados em saúde bucal, como atendimento a Pessoas com Deficiência (PcDs) através da OPNE, cirurgias orais, diagnóstico precoce de câncer bucal, endodontia, periodontia, próteses e exames complementares como radiografias e anatomopatológicos, garantindo diagnóstico preciso e tratamento adequado para todos os pacientes.

Fluxo 

Os CEOs estão estrategicamente descentralizados para garantir o acesso da população ao tratamento em seus respectivos territórios. Os profissionais das UBSs são responsáveis pelo primeiro atendimento ao usuário e pelo encaminhamento aos centros especializados, seguindo o protocolo de atendimento do serviço. Pessoas com deficiências têm um acesso prioritário, podendo procurar diretamente o CEO para avaliação e indicação de cuidados, garantindo o acolhimento de suas necessidades na definição do risco.