Curso de Especialização em Vigilância em Saúde é promovido pela SES e Funesa

Foto: Ricardo Pinho/Funesa

Qualificar trabalhadores da saúde, a fim de elaborar um projeto aplicativo para a melhoria das ações de Vigilância em Saúde. Esse é o objetivo principal do Curso de Especialização em Vigilância em Saúde, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), em parceria com o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa e Ministério da Saúde (MS), no âmbito do Plano Ampliado de Desenvolvimento de Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (PADEpiSUS/PROADI). Iniciado nesta quarta-feira, 4, na Funesa, a especialização, é uma iniciativa educacional voltada aos profissionais que atuam em diferentes cenários da prática do Sistema Único de Saúde (SUS), com a proposta de formar especialistas para atuar de modo integrado entre as diversas atividades de Vigilância. Esse primeiro módulo segue até a sexta-feira, 6.

As instituições parceiras do projeto estiveram presentes na abertura do curso, por meio dos seus respectivos representantes, como a representante e membro da Diretoria do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Ana Cruz de Andrade; o analista de Políticas Sociais da Superintendência do Ministério da Saúde, Leonardo Ferreira de Almeida; o facilitador do Curso de Especialização em Vigilância em Saúde/Sírio-Libanês, Márcio Lemos Coutinho; a diretora de Vigilância em Saúde da SES, Mércia Feitosa;  e a diretora geral da Funesa, Lavínia Aragão.

Foto: Ricardo Pinho/Funesa

Discente e profissional da Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental do Estado, a química Danielle Nery conta que teve outras experiências na Vigilância do ponto de vista do executor e não daquele que avalia dados e planeja. “Estar nesse curso é uma oportunidade de ampliar a visão, contribuir com minha formação nas atividades e ganhar mais conhecimento para melhorar minha atividade-fim, além de contribuir para um projeto que possa ampliar esse olhar em relação à Vigilância em Saúde”. Ela atualmente trabalha com planejamento e monitoramento das ações de alguns programas do Ministério da Saúde que atuam com “o impacto do ambiente na saúde humana”.

De acordo com Márcio Lemos Coutinho, facilitador do Curso de Especialização em Vigilância em Saúde/Sírio-Libanês, o curso é extremamente importante para os trabalhadores da área de Vigilância porque permite refletir teoricamente e desenvolver estratégias práticas para o enfrentamento dos problemas de saúde de Sergipe. “É um curso que pretende desenvolver uma série de competências desses alunos, sejam conhecimentos científicos, sejam competências de habilidades e atitudes em relação ao enfrentamento dos problemas de saúde da população’, explicou.

Foto: Ricardo Pinho/Funesa

Márcio acrescenta que é preciso ter ferramentas de identificação dos problemas, elaboração de propostas de intervenção, mas é necessário um ou mais conjuntos de características do processo de trabalho que são importantes, como o trabalho em equipe, a colaboração, o pensamento estratégico, a articulação dos vários pontos de atenção da rede. “A Vigilância em Saúde significa exatamente a capacidade que temos pra identificar riscos à saúde da população e a formulação de propostas para enfrentamento desses problemas de saúde de forma organizada e coletiva, articulando o maior número de pessoas e instituições possíveis”.

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde da SES, Mércia Feitosa, a especialização é uma a oportunidade de qualificar trabalhadores que já atuam no SUS, muitos deles da assistência, outros na gestão Estadual e Municipal. “É momento de refletir e reavaliar os processos de trabalho e ressignificar essa prática, de forma a contribuir para o SUS nos municípios e no Estado. A formação dos alunos levará à elaboração de um projeto aplicativo, com objetivo de contribuir com a gestão. O intuito é um projeto em consonância com a necessidade do território, no tocante aos principais agravos e entraves. Assim começamos a trabalhar, levando como contribuição essa qualificação, além de fortalecer a Vigilância de Sergipe”, ressaltou.

A diretora geral da Funesa, Lavínia Aragão, afirma que o curso é estratégico para a formação de todos os trabalhadores do SUS. “A Vigilância dialoga com a essência da promoção, prevenção e proteção, pois falamos muito em doença. Pra pensarmos em saúde precisamos dialogar e nos aproximarmos cada vez mais desse princípio. É claro que a Vigilância também busca investigar, notificar, acompanhar o tratamento, cura, reabilitação e até notificação de óbito, mas não é apenas isso, sobretudo quando estamos em um cenário que traz doenças emergentes e reemergentes e outros agravos que já conhecemos ou nem imaginamos. Precisamos estar fortalecidos pra esse olhar”.

Ainda de acordo com Lavínia, ao longo do curso os discentes trabalham com um projeto onde se constrói a ação, pois também são trabalhadores e estão no Sistema. “Trazemos a situação pra cá, para fortalecer, mas os conhecimentos também são discutidos de forma ativa. Os projetos financiados pelo Proadi trabalham com metologia ativa, então saímos como protagonistas do processo. A riqueza do curso se dá através do profissional e a gente vê a potência desse projeto para a transformação das nossas práticas. É um curso 100% financiado pelo SUS, pelo Proadi, e o compromisso é a contrapartida ao SUS, que investe nessa qualificação. Precisamos estar tecnicamente qualificados e a sociedade precisa de nós”, pontuou.

 

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Última atualização: 5 de março de 2020 17:53.




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