Web palestra aborda importância dos cuidados com a saúde mental

Na ocasião foi discutido saúde e direitos humanos, orientando para a prevenção e formas de tratamento

Manter o corpo e a mente saudáveis é condição essencial para se ter qualidade de vida. Nesse sentido, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Fundação Estadual de Saúde, por meio do programa Telessaúde, realizaram nesta terça-feira, 10, uma web palestra em alusão ao Dia Mundial da Saúde Mental. O evento teve como temas ‘Saúde Mental e Direitos Humanos: interface necessária’ e ‘Saúde mental: onde está nosso olhar’. A palestra foi direcionada a profissionais de saúde que atuam na capital e demais municípios sergipanos, além da população em geral, através do site do Telessaúde.

A psicóloga e referência Técnica das Políticas de Promoção da Equidade da SES, Karla Melo, explicou que a web palestra buscou abordar a questão da saúde mental como um todo. “Visamos tratar da questão da saúde mental e dos direitos humanos. Esses dois pontos andam juntos. A saúde mental não é só para a pessoa que tem algum tipo de transtorno e sim para todos”, afirmou a psicóloga.

Ela observou que as pessoas são o reflexo da sua saúde mental. “Algumas pessoas têm algum tipo de problema de saúde que pode desencadear em transtornos. Outros lidam melhor com as dificuldades e não desenvolvem adoecimento mental. Já outras pessoas não apresentam nenhum problema”, disse Karla.

Tratamento

Sobre o uso de medicação, Karla considerou que somente a ingestão de remédios, não vai trazer benefícios, sendo necessário para algumas pessoas, o acompanhamento do profissional da Psicologia. “Com psicoterapia você pode obter uma mudança de vida, no caso, um olhar diferenciado para você mesmo, para que possa entender como pode traçar suas metas, o seu vivenciar”, assinalou a psicóloga.

A importância das pessoas compreenderem que a felicidade não vem através do uso de medicação, mas sim, da mudança de atitude e de que não existe a pílula da felicidade é muito importante, como expôs Karla, durante a palestra. Ela pontuou que a vida é feita de altos e baixos, sendo necessário compreender isso. “Precisamos enfrentar essa realidade e superar as adversidades. Então é nesse momento que percebemos que nem sempre a medicação é o caminho por onde devemos seguir”, alertou.

Karla observou que é preciso entender como a saúde mental está interligada pelos direitos humanos. “Nós temos direito de ir e vir, de ser bem tratados, temos direito à saúde, à educação, à alimentação. Então, quando falta o básico para a sobrevivência do indivíduo, é possível desencadear algum desequilíbrio, uma desarmonia no seu bem-estar. E tudo isso, pode sim, desencadear um transtorno mental”, atentou a profissional de saúde.

A psicóloga informou que há profissionais na rede de atenção psicossocial, que também estão ligados a cada município, atuando em ambulatório e Caps. Ela atentou, ainda, que existe a necessidade de se entender que outros profissionais também devem participar dessa rede de acolhimento. “Então as equipes multidisciplinares são importantes”, ressaltou.

Caps

Karla explicou que o tratamento psicossocial está disponível para as pessoas através dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que são porta aberta para toda a população e pode ofertar um atendimento de qualidade. Ela observou que as pessoas, ao precisarem de ajuda, podem buscar o Caps e a UBS mais próxima de sua casa.

Texto e Imagem: Nucom/Funesa

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Última atualização: 10 de outubro de 2023 22:32.




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