Telessaúde realiza webpalestra Fevereiro Laranja: leucemia e captação de doadores medula óssea

Foto: Ricardo Pinho

Em alusão ao “Fevereiro Laranja”, mês de combate à leucemia, a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através do Telessaúde Sergipe, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou, nesta quinta-feira (04), a tele-educação “Fevereiro Laranja: leucemia e captação de doadores de medula óssea”. A webpalestra contou com a participação da médica hematologista e responsável técnica do Serviço de Onco-hematologia – COOL do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), Juliana Brunow Nogueira, além coordenador da Central de Transplante de Sergipe, o enfermeiro Benito Fernandez.

Ao abordar a temática, a hematologista Juliana Brunow discorreu sobre assuntos como Leucemias Agudas e divisão simplificada, epidemiologia, incidências no Brasil, etiopatogenia, quadro clínico, diagnóstico, classificação das LA (Leucemia Aguda), tratamento específico e tratamento de suporte. “Fizemos uma aula bastante prática, porque a intenção é criar a consciência, o raciocínio de quem está na ponta, proporcionar informação a um médico clínico, um estudante, um profissional da saúde que pode se deparar com um paciente suspeito de leucemia. Apesar de ser uma doença rara, esses conhecimentos são importantes para que o profissional identifique casos suspeitos e entre em contato com o centro de referência, de forma que o paciente seja avaliado pelo especialista. Se realmente for um caso suspeito, é necessário que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível”, ressaltou.

Foto: Ricardo Pinho

A especialista também observou que quanto mais cedo se descobre uma leucemia, menor o risco de complicação, maior a chance de tratar o paciente em um melhor estado de saúde e, consequentemente, menor mortalidade. Outra questão significativa é a sensibilização em relação à doação de sangue, do abastecimento dos bancos, segundo destacou a hematologista. “Dependemos da estrutura e do fornecimento dos hemocomponentes para que o paciente se mantenha vivo durante 21 dias, do início do tratamento, passando pelo momento que o paciente fica mais fraco e se recupera com a nova medula. Nesse período, precisamos de suporte transfusional de sangue, de plaquetas. Se não há doador, o paciente vai sofrer risco de mortalidade por anemia, por plaquetas muito baixas e sangramento. Por isso é fundamental a sensibilização da população que tem saúde e pode doar sangue, que é um ato de amor, de salvar vidas”.

Segundo Benito Fernandez, coordenador da Central de Transplante de Sergipe e enfermeiro, o foco principal é o cadastro de doadores voluntários de medula óssea, pois em muitas ocasiões, a única oportunidade que o paciente tem é o transplante de medula, pois se ele não teve êxito na quimioterapia, a opção é o transplante. “Sabemos da dificuldade, das chances de encontrar alguém compatível são muito baixas. De cada 100 mil inscritos, é possível encontrar um compatível. É importante ressaltar que temos uma estrutura que o SUS disponibiliza para as pessoas e as pessoas não fazem uso dessa estrutura. As pessoas também podem se conscientizar do seu papel social, de salvar outras vidas. Precisamos desenvolver esse desprendimento e saber que as nossas atitudes de voluntariado podem ter um significado muito grande para quem está na outra ponta”, disse.

Em breve, a webaula será disponibilizada no YouTube, no canal Telessaúde Sergipe.

 

 

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Última atualização: 4 de março de 2021 17:43.




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