Telessaúde promove webpalestra sobre Assistência Humanizada ao Parto

Dando continuidade à programação do Ciclo de Webpalestras sobre a Saúde da Mulher, iniciado em outubro de 2019, a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através do Núcleo Telessaúde Sergipe, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), promoveu, nesta quarta-feira, 19, mais uma ação de Tele-Educação, com a webpalestra “Assistência Humanizada ao Parto”. Nesse sexto módulo, foram abordadas temáticas sobre Humanização da Saúde; Breve Histórico da Obstetrícia; Assistência Obstetrícia Humanizada; Processo da Humanização; Pré-Natal; Boas Práticas durante o Parto, além Práticas Prejudiciais ou Ineficazes.

Ministrada pelo médico obstetra e responsável técnico pela Obstetrícia da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Mauro Muniz, além da enfermeira obstetra e coordenadora do pronto socorro da MNSL, Lourivânia Melo, e da enfermeira gerente do Banco de Leite Marly Sarney, Magna Dória, mediadora da discussão, a webpalestra buscou esclarecer os conceitos e as práticas de assistência que são preconizados pela humanização.

De acordo com o obstetra Mauro Muniz, a ideia é entender o indivíduo não apenas como um processo, a exemplo da dicotomia da presença de saúde e doença, mas nos vários aspectos emocionais e sociais, “para que uma assistência ética e de saúde seja ofertada de forma mais integral e com melhor qualidade, sempre com o propósito da satisfação da paciente”, destacou o especialista. No tocante às dúvidas, o médico afirma que, por ser um conceito novo sobre o parto, os assuntos surgem, principalmente, em relação à violência obstétrica, o que é boa prática, o que é utilizado e o que está obsoleto. “É uma questão que também envolve profissionais das mais diversas formações e tempo de formação, visto que é preciso agregar novos conhecimentos”.

Para a enfermeira obstetra Lourivânia Melo, a humanização da assistência ao parto necessita de uma equipe multiprofissional, que é centrada em outras categorias como técnicos(as) de enfermagem, enfermeiros(as), enfermeiros(as) obstetras, médicos(as), entre outros. “O trabalho em equipe gera resultados positivos para a paciente. Não podemos centralizar o cuidado em apenas um único profissional. O parto precisa de cuidados, de vigilância. Muito mais do que intervenção. Pra vigiar a equipe precisa estar ao lado, partejar, acompanhar, identificar sinais de alguma intercorrência, que possa levar a um desfecho não favorável para a mãe e o bebê”, explicou.

Lourivânia ressaltou, ainda, que a política de humanização, com o conjunto de ações recomendadas, possui evidências de que uma equipe capacitada, treinada, com todo o acompanhamento de atenção ao pré-natal até o parto acontecer, é uma experiência positiva para toda a família. “A família também participa e se faz presente. O acompanhante, sendo ele o pai, irmão, irmã, melhor amiga, o parto é um processo que envolve a todos. Fica essa reflexão para que todos nós profissionais façamos nosso papel, juntos, onde os conhecimentos se complementam”.

O tema webpalestra integra o Ciclo de Webpalestras sobre Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva. “Planejamos um ciclo que contemplasse as diversas esferas da saúde da mulher. Dessa forma, o tema da humanização do parto é significativo, pois desperta no profissional de saúde um olhar qualificado no cuidado e faz toda a diferença para cada mulher atendida nessa condição”, pontuou Eneida Ferreira, coordenadora do Telessaúde Sergipe.

Assistência Obstétrica Humanizada

Na Assistência Obstétrica Humanizada não há um conceito padrão. Durante a videoaula, o obstetra Mauro Muniz destacou “o uso de todos os recursos cientificamente comprovados, necessários e adequados para prestar atendimento de excelência a mulher; o acolhimento; e a compreensão dos sentimentos envolvidos”.

Além disso, também foi abordado o respeito aos direitos humanos; boa experiência de parto; e o conceito amplo que visa utilizar todas as tecnologias de baixa e alta complexidade para prestar assistência a saúde, durante o ciclo gravídico puerperal, visando preservar os direitos humanos das mulheres nesta fase.

 

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Última atualização: 19 de fevereiro de 2020 17:07.




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