Tele-educação aborda Aconselhamento em Aleitamento Materno

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através do Telessaúde Sergipe, realizou, nesta, quarta-feira (28), uma tele-educação sobre “Aconselhamento em Aleitamento Materno”, a fim apresentar as habilidades de aconselhamento sugeridas no curso de ‘Aconselhamento em Amamentação’ do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). A webpalestra contou com a participação de profissionais de 37 municípios de 13 estados brasileiros.

Ministrada pela enfermeira Sandra Rafaela Lapa, o conteúdo envolveu assuntos como: Políticas Públicas de Promoção, Proteção e Incentivo ao Aleitamento Materno; Fundamentação sobre aconselhamento em amamentação; Habilidades em escutar e compreender; Habilidades em desenvolver a confiança e dar apoio; Como transformar histórias de amamentação; e os desdobramentos do aleitamento materno. “É fundamental deixar muitas questões de lado para recepcionar essa mãe e sua rede de apoio da melhor forma possível. Talvez por isso se torne um tema complexo e as pessoas tenham mais dificuldade de absorver. É preciso refletir sobre o trabalho, pois não é apenas jogar informações na pessoa que busca seu auxílio. É uma questão de prática, mudança de postura, de conduta, de pensamento”, ressaltou.

Para Sandra, também é necessário necessário saber o motivo da procura por esse profissional. “É muito importante falar para profissionais que estão na base, que são os primeiros que a mãe vai procurar. Se eles entendem da forma adequada, haverá uma mudança de comportamento significativa em relação ao aleitamento. Ela vai saber que ali ela pode buscar ajuda e será acolhida da melhor maneira possível. Quando fazemos esses encontros, a ouvir os profissionais, a educar de maneira precisa, a gente consegue mudar o mundo e a forma de nascer”, explicou a mentora.

No momento, há 30 tutores de aleitamento materno em Sergipe. A gerente do Banco de Leite Humano Marly Sarney e enfermeira sanitarista, Magda Solange Vieira Dória, afirmou que esse curso já foi realizado em 2019, mas é necessário atualizar os conhecimentos. “Diante de anos em prol dessa prática, entendemos que o aleitamento materno não se resume a uma questão física e fisiológica da amamentação, mas envolve uma série de fatores emocionais e a forma de abordagem e diálogo, sem prejulgamento e/ou imposições, de maneira acolhedora e empática”.

Ainda de acordo com a gerente do banco de leite, há viés técnico, mas é necessário entender as dificuldades de aproximação a essa mulher, bem como da família, para que a decisão dela em amamentar ou não amamentar possa ser apoiada. “É até contraditório, mas quando a mulher deixa de amamentar, ela precisa de apoio, viabilizar um leite adequado ao bebê, fazer a diluição correta, cuidado com as mamas, inibir a produção de leite de forma segura. Essa capacitação é muito interessante, pois serve para o cotidiano; um aprendizado que é importante colocar em prática, além de fortalecer acertos”, ressaltou Magda.

A ação educativa foi voltada a profissionais de saúde e trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família (ESF), visitadores do Programa Criança Feliz, profissionais dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), secretarias de Assistência Social, e educadores.

 

 

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Última atualização: 24 de agosto de 2021 17:13.




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