Capacitação do Programa de Formação Continuada da Educação Especial foi concluído na Funesa

Foto: Ascom SEDUC
Evento discutiu metodologias de atendimento a crianças e adolescentes com deficiência

Profissionais do Apoio Escolar Nível I e Nível II contratados através do PSS da Secretaria de Estado da Educação (SEED), participaram do encerramento da capacitação inicial do Programa Estadual da Formação Continuada da Educação Especial, ocorrido nesta segunda (23), na sede da Fundação Estadual de Saúde (Funesa). O objetivo da qualificação, ocorrida desde o último dia 9, consistiu em instrumentalizar novos profissionais  para atender as novas demandas da Educação Especial na perspectiva inclusiva, além de discutir aspectos da metodologia nos adolescentes com deficiência que estão regulamente matriculados da rede pública estadual.

Articuladora pedagógica da Divisão de Educação Especial, Alda Valéria de Melo

Participante do treinamento, a cuidadora de Apoio I Ana Selma disse que o aprendizado foi fundamental, pois desenvolve técnicas destinadas ao público que os profissionais lidam. “Gostei bastante desse período de aprendizado. Cada criança e adolescente com deficiência possui uma realidade diferente e, ao adquirir esse conhecimento, podemos utilizar na prática.  Aplicando a teoria e testando métodos, ganhamos ainda mais experiência”.

O Departamento de Educação Especial entende que há necessidades que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem, que exigem uma atitude educativa específica da escola como, por exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados para garantir o acesso, a permanência e o sucesso dos alunos. A articuladora pedagógica da Divisão de Educação Especial, Alda Valéria de Melo, informou que, a formação do profissional de Apoio Escolar é necessária tanto para o trabalho de higiene, quanto para o trabalho de apoio pedagógico.

Josevanda Mendonça, diretora do Serviço de Educação em Direitos Humanos

“Por conta disso, propomos dividir essa habilitação em dois serviços: o profissional de Apoio Escolar I, que exercerá a função de cuidador, que zela pela alimentação e higiene; e o profissional de Apoio Escolar II, que é o trabalho pedagógico. Dessa forma, o profissional I fica na escola para atender os alunos com deficiência, que precisam de cuidados com a higiene. E o Profissional II ficará  dentro da sala de aula, junto com o professor regente, dando suporte nas com os alunos que são comprometidos com paralisia cerebral; deficiência múltipla; e alunos que conseguem assistir aula, mas tem dificuldade por exemplo de segurar um lápis”, explicou Alda Valéria.

Ainda de acordo com ela, esse é considerado um trabalho inédito, pois foi observado que a Lei Brasileira de Inclusão, fala do Profissional de Apoio, no entanto não se divide. “Aqui em Sergipe, achamos que seria mais coerente a divisão dos papéis: Profissional de Apoio Escolar Nível I, designada a pessoas de nível médio, com experiência em cuidar de idosos, e técnicos em enfermagem; e Profissional de Apoio Escolar Nível II, que trata de um ofício pedagógico mais minucioso, de pessoas com licenciatura e pós-graduação na área de Educação Inclusiva, uma vez que o profissional vai lidar diretamente com alunos com deficiência”, contextualizou.

superintendente executivo da Seed, professor Everton Siqueira

Para Josevanda Mendonça, diretora do Serviço de Educação em Direitos Humanos, a educação especial deve ser olhada não como um apêndice da educação básica, mas como a própria educação, no contexto de inserção.  “Esse evento demonstra o compromisso da Secretaria de Educação, com o que está disposto na lei. Precisamos dar o suporte necessário para que crianças e adolescentes possam ter a garantia desse processo de inclusão. Foi um grande esforço na contratação desses profissionais de Apoio Escolar I e Apoio Escolar II e, desde que foi feito o PSS, contamos com a celeridade da Seplag e da equipe da Educação, para que essa capacitação pudesse se concretizar”, destacou.

O superintendente executivo da Seed, professor Everton Siqueira, declarou que a Seed tem como compromisso promover a melhoria contínua da prestação dos serviços educacionais, também no âmbito da perspectiva inclusiva. “É  incontestável  que  todos vocês que trabalham com Apoio Escolar I e II são privilegiados, pois, há alguns anos, é visível que, no Estado, existe uma preocupação com a Educação Especial.  Sempre faço questão de destacar que só se faz educação com comprometimento, amor e envolvimento”.

Diretora Geral da Funesa, Lavínia Aragão

Presente no evento, a diretora geral da Funesa, Lavínia Aragão, ressaltou a satisfação  de contribuir com a Seed, sobretudo pela importância da parceria institucional, e que as portas da Fundação sempre estarão abertas à Educação. “Essa é uma casa da Saúde, mas não podemos discutir sem trazer educação, pois é mais difícil avançar nas políticas públicas somente dentro da caixinha da saúde. Na conferência do SUS de 1988, já era dito que era preciso ampliar esse conceito e que, para progredir nessa concepção, precisamos discutir educação, lazer, moradia, entre outras prerrogativas, principalmente quando se fala em educação inclusiva, uma das grandes vertentes da saúde. Parabenizo essa iniciativa, pois, enquanto educadora, minha paixão é justamente a saúde unida à educação. Isso é que me reoxigena para estar na gestão, pois é dessa forma que conseguimos efetivar esse trabalho. Tenho certeza do papel estratégico que cada um tem em seus espaços de atuação, com a ajuda importante dessas parcerias”.

 

Ascom Funesa

Mais notícias:

Última atualização: 23 de abril de 2019 16:26.




Pular para o conteúdo