Capacitação visa controle da Esquistossomose em Sergipe

(O evento reuniu coordenadores das vigilâncias epidemiológicas dos municípios sergipanos)

A Secretaria de Estado da Saúde – SES e a Fundação Estadual de Saúde – Funesa, realizaram na quarta-feira, 19, uma capacitação para os coordenadores das Vigilâncias Epidemiológicas, dos municípios sergipanos. O objetivo do evento foi discutir o cenário da Esquistossomose no Estado, visando controlar o número de casos, que hoje é considerado alto, e evitar a morte pela doença.

A gerente do Lacem/Sergipe, Karine Dantas Moura, disse que durante a capacitação foi discutida a distribuição de kits para a realização de exames, esclarecendo que os municípios, para receberem esse material, precisam apresentar o cadastro dos pacientes no controle da Esquistossomose e o cadastro de gerenciamento de ambiente laboratorial.

“Sergipe é um estado endêmico, com relação a Esquistossomose. Nesse sentido, buscamos, nesse evento, fortalecer os laços entre as vigilâncias do estado e municípios”, disse Karine. Ela lembrou que a transmissão da doença acontece através do contato das pessoas com a água de rios contaminados pelo caramujo. “Essa água penetra na pele promovendo o contágio”, alerta.

Ela orienta que adoecendo é preciso procurar o posto de saúde. “Ressalto que o medicamento só é distribuído pela rede pública e não está a venda em farmácias”, atenta, ressaltando que os sintomas inicias da doença podem ser confundidos com outras endemias. “Por esse motivo, na maior parte dos casos, a pessoa infectada, já passa pelo tratamento em estágio mais avançado”, afirma.

Novas diretrizes para redução de casos

A gerente do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde, Sidney Sá, informa que Sergipe é o estado com o maior número de casos de Esquistossomose no país. Hoje são 51 municípios endêmicos no estado, mas segue o rastreamento para identificar se nos demais existem evidências da doença. “Esse é um momento de discussões e de ouvir experiências bem-sucedidas, que podem ajudar no controle da doença”, pontua Sidney.

Ela observa ainda, que a doença está presente no Centro Sul, Agreste, região Litorânea, Vale do Cotinguiba. No sertão, a coordenadora atenta que não há notificações, no entanto, não há um levantamento para assegurar que não há casos.

Dados

A referência Técnica no Controle de Esquistossomose da SES, Alda Rodrigues, informa que 51 municípios são endêmicos. Desses, 21 apresentaram, até 30 de Junho, 428 casos positivos. Foram realizados 8711 exames.

Texto Suzy Guimarães
Fotos Pedro Alexandre

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Última atualização: 20 de julho de 2023 14:08.




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