Saúde Estadual realiza Oficina de Atualização do PCDT das Infecções Sexualmente Transmissíveis

A fim de atualizar médicos(as) e enfermeiros(as) da Atenção Primária à Saúde (APS) no diagnóstico, manejo clínico e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Fundação Estadual de Saúde (Funesa) realizaram, nesta quarta-feira (12), a “Oficina de Atualização do PCDT (Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas) das Infecções Sexualmente Transmissíveis”, com uma aula sobre Sífilis.

Na oportunidade, a enfermeira, especialista em Saúde Pública, mestre em Ciências da Saúde, consultora técnica da Coordenação Geral das ISTs do Ministério da Saúde (MS), além de atuar no Programa IST/Aids, Leonor Henriette de Lannoy, abordou conteúdos como: histórico da sífilis, com explanação de dados sobre a taxa de detecção em gestante e da incidência da sífilis congênita de 2010 a 2019, além detecção por faixa etária; importância de monitorar e dinâmica epidemiológica da sífilis.

A consultora do Ministério da Saúde também abordou sobre a história natural da sífilis não tratada; manifestações clínicas da sífilis adquirida, de acordo com o tempo de infecção, evolução e estágios da doença; reatividade dos testes sorológicos treponêmicos e resposta dos testes à terapia; critérios de definição da sífilis adquirida; tratamento; orientações sobre saúde sexual; e fluxograma para manejo clínico de IST/HIV/HV.

Para Leonor, a oficina constrói um espaço de discussão, revisão de conteúdos e integração das diversas instâncias que compõem a linha de cuidado da sífilis, que possibilita o aprimoramento da atenção. “Destaco a importância de compreender melhor a história natural da sífilis, os desafios do diagnóstico, e o papel da Atenção Primária à Saúde para seu controle; em especial, para a prevenção da sífilis congênita. Uma boa atenção na APS é o que ocasionará a eliminação da sífilis congênita”, disse.

O médico infectologista, consultor técnico do Núcleo de Resposta à Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais da Coordenação Geral de Vigilância das ISTs, que integra a Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, Lino Neves da Silva, discorreu sobre “Sífilis Congênita: mudanças, avanços e enfrentamentos”, com abordagem sobre indicadores; testagem da gestante; testagem rápida; administração da penicilina no Brasil; e uso da penicilina na Atenção Básica.

De acordo com o infectologista, o enfrentamento da sífilis congênita depende do trabalho conjunto das equipes que realizam cuidados de pré-natal, vigilância epidemiológica, maternidades e gestão. “Todos os momentos de discussão de sífilis em gestante e sífilis congênita são preciosos para uniformizar as condutas e esclarecer pontos sensíveis de dúvidas na atenção das gestantes e crianças acometidas pela sífilis”, ressaltou Lino Neves.

Outros assuntos explanados foram: tratamento; reações; acompanhamento dos casos; seguimento pós-tratamento; resposta adequada ao tratamento; critérios de tratamento; abordagem da parceria sexual e como agir; estratégia do pré-natal do parceiro; definição de casos para notificação; fluxograma para avaliação e manejo na maternidade das crianças nascidas de mães com diagnóstico de sífilis na gestação atual ou no momento do parto; testes em crianças expostas e com sífilis congênita; e casos clínicos.

No dia dia 09/06 haverá a segunda aula, com abordagem sobre “Cervicite, corrimento vaginal e doença inflamatória pélvica”, a ser  ministrada pela médica de Família e Comunidade, consultora técnica do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e IST na Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Gonçalves Aragón.

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Última atualização: 4 de junho de 2021 23:08.




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