IV ENCONTRO ESTADUAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR

Evento faz parte das ações da campanha Setembro Amarelo

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual da Saúde (Funesa) e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), promoveu nesta segunda-feira, 16, uma mesa redonda com tema ‘Transtorno Mental Relacionado ao Trabalho’.  

O evento, que faz parte das ações da campanha Setembro Amarelo, foi aberto a todos os trabalhadores, não se limitando apenas aos profissionais de saúde responsáveis pela notificação dos casos. A proposta foi disseminar conhecimento sobre os transtornos mentais relacionados ao trabalho, suas formas de prevenção e tratamento, além de enfatizar a importância de abordar o tema ao longo de todo o ano. 

A gerente de Vigilância em Saúde do Trabalhador da SES, Christiane Hora, destacou a importância da ação ao afirmar que o transtorno mental relacionado ao trabalho ainda é negligenciado e cercado de preconceitos. “Precisamos que os casos de doença mental sejam notificados. Sem essas informações, é como se o trabalhador não tivesse adoecido. É crucial registrar esses casos para fins epidemiológicos e para a criação de políticas públicas eficazes. Atualmente, temos poucos casos registrados, o que limita nossas ações”, afirmou. 

O coordenador do Cerest, Igor Coelho Nunes, reforçou que o órgão atua de forma preventiva na saúde e segurança de todos os trabalhadores, independentemente do vínculo empregatício. “Vivemos em uma sociedade em rápida mudança, com pressões cotidianas e do ambiente de trabalho que afetam a saúde mental dos trabalhadores. É fundamental que o ambiente de trabalho seja um espaço de cooperação e respeito, combatendo a cultura do assédio”, destacou.

A programação da mesa redonda contou também com a participação da psiquiatra Ana Raquel, que enfatizou a importância do diálogo aberto entre gestores e trabalhadores. “É essencial que as instituições estejam atentas aos sinais de exaustão e alterações frequentes de comportamento nos trabalhadores. Muitas vezes, o próprio trabalhador não percebe que está adoecendo mentalmente. Devemos estar atentos a sinais como irritabilidade, cansaço excessivo e dificuldade para dormir”, ressaltou. 

O diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio, explicou que a vigilância em saúde atua em duas frentes importantes relacionadas à saúde mental: a vigilância das violências, que inclui lesões autoprovocadas, e a saúde mental dos trabalhadores. “Nosso objetivo é sensibilizar os profissionais para notificarem os casos e investiguem a relação com o ambiente de trabalho, permitindo intervenções para evitar que o local se torne uma fonte de adoecimento mental”, afirmou.

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Última atualização: 17 de setembro de 2024 11:12.




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