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“O processo de doação, captação e transplante de órgãos” é tema de tele-educação

Em alusão à campanha Setembro Verde, mês de sensibilização à doação de órgãos, a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através do Telessaúde Sergipe, realizou, nesta quarta-feira, 16, uma tele-educação sobre “O processo de doação, captação e transplante de órgãos”. Na webpalestra foram abordados assuntos que envolvem toda a temática, com conceitos, histórico, legislação, Sistema Nacional de Transplantes (SNT), importância da causa e demais processos.

A webaula foi ministrada pela enfermeira nefrologista e membro da equipe da Central Estadual de Transplantes (CET) de Sergipe, Michelle Sally Pinto Cardoso, discorreu sobre o histórico do processo de doação; captação e transplante de órgãos; principais legislações; tipo do doador (vivo e não vivo); notificação e diagnóstico de morte encefálica; manutenção do potencial doador; entrevista familiar e consentimento para doação de órgãos; preparo do potencial doador para captação do órgão; acionamento da equipe transplantadora e do receptor do órgão a ser transplantado; captação armazenamento e distribuição do órgão; transplante do órgão; e acompanhamento do transplantado.

Voltada a profissionais de saúde, estudantes e demais interessados, a tele-educação contou com a participação de municípios sergipanos. Para o coordenador da CET, Benito Fernandez, o profissional de saúde é quem inicia os trâmites para que o processo aconteça, seja na identificação do potencial doador, no diagnóstico de morte encefálica, na manutenção do potencial doador ou no acolhimento familiar. “O profissional de saúde deve estar treinado para lidar com a situação e permitir que o processo aconteça tranquilamente. É imprescindível que ele participe do processo, pois às vezes, as pessoas desconhecem o que está na lei”, afirma.

Ainda de acordo com Benito, o SUS Sergipe tem trabalhado para instrumentalizar a sociedade, e os profissionais de saúde, para que seja possível ter uma rede de assistência ao transplante. Questionado sobre os desafios, ele ressalta que “ainda existem preconceitos e medos, sendo necessário desconstruir esses paradigmas, para que haja mais avanços. Por isso nosso trabalho está voltado à conscientização da população em geral, pois não há transplante sem doação, que necessita de autorização familiar”.

Em relação ao desenvolvimento, em 2019 Sergipe atingiu a quinta posição em transplante de córnea, cuja quantidade de doadores no estado também aumentou. Dados do Sistema Nacional de Transplante informam que 96% dos transplantes são financiados pelo SUS, a exemplo de despesas como exames, manutenção do potencial doador e captação. Em Sergipe, o SUS está na mobilização para o retorno dos transplantes renais pelo estado. “Atualmente é necessário que o paciente renal viaje à São Paulo, a fim de realizar o transplante, mas o Hospital Universitário de Sergipe já está habilitado para realizar esses transplantes e em processo de organização para início”, explica Benito.

Segundo a coordenadora do Telessaúde Sergipe, Eneida Ferreira, o tema foi pautado pela primeira vez como tele-educação e selecionado em razão do trabalho que vem sendo feito pela CET, além da necessidade de atingir cada vez mais pessoas. “Através dessa ação, o profissional que atua na Atenção Primária aprende e esclarece questões importantes para movimentar seu território de atuação acerca do tema, especialmente neste mês”, disse.

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Última atualização: 16 de setembro de 2020 17:57.




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