Profissionais de saúde são treinados para identificar caramujo transmissor da esquistossomose e aprimorar ações de controle

Capacitação fortalece vigilância malacológica no combate à doença

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), promoveu nesta quarta-feira, 3, uma capacitação em Vigilância Malacológica para o Controle da Esquistossomose. A iniciativa teve como objetivo preparar profissionais que atuam no programa de controle da doença para o manejo adequado das ações de vigilância, com foco na identificação do caramujo hospedeiro do parasito transmissor.

A atividade reuniu técnicos de laboratório de municípios, que receberam orientações práticas e teóricas sobre coleta, identificação das espécies e análise em laboratório. A proposta é fortalecer a rede de vigilância e garantir dados mais precisos para subsidiar ações de prevenção e promoção da saúde junto à população.

Segundo a gerente do Núcleo de Endemias da SES, Sidney Sá, a capacitação amplia o olhar dos municípios para uma área pouco explorada, mas essencial no combate à esquistossomose. “Sergipe é um estado endêmico, e muitos municípios já trabalham na busca ativa de casos em humanos. Agora, capacitamos os técnicos para identificar o parasito no caramujo, uma etapa fundamental para compreender o ciclo da doença e planejar ações mais efetivas”, explicou.

Para o técnico de laboratório do município de Simão Dias, Josinaldo dos Anjos, o aprendizado reforça a responsabilidade da rotina de trabalho. “Detectar casos de esquistossomose em tempo oportuno é essencial, já que a doença pode levar a complicações graves e até à morte. Com a capacitação, conseguimos ampliar nosso conhecimento e garantir mais segurança no atendimento à população”, ressaltou.

A professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e doutora em Parasitologia, Luciene Barbosa, destacou o impacto da experiência prática para os participantes. “Muitos profissionais nunca tinham visto de perto o ciclo completo do parasito, desde o caramujo até a cercária, que é a forma infectante. Essa vivência traz clareza sobre a gravidade da doença e prepara melhor os técnicos para orientar suas comunidades”, avaliou.

Fotos: Jéssica Mendes

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Última atualização: 4 de setembro de 2025 10:28




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