Protocolo Clínico das Leishmanioses: webpalestra discute fortalecimento das medidas de prevenção e controle

Foto: Míriam Donald

Fortalecer as medidas de prevenção e controle e, principalmente, o diagnóstico precoce. Esse foi o objetivo da webpalestra desta terça-feira, 10, que abordou sobre Atualizações do Protocolo Clínico das Leishmanioses, com foco na qualificação das equipes de saúde. Realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), por meio do Telessaúde Sergipe, a tele-educação destacou a necessidade de identificar casos desde o início, para que os pacientes tenham um tratamento oportuno, de forma a evitar óbito.

Ao ministrar temáticas que envolvem o Programa de Vigilância e Controle das Leishmanioses Visceral e Tegumentar, a médica veterinária, especialista em Gestão em Saúde Pública e da Família, e em Vigilância em Saúde, mestre em Ciências Aplicadas à Saúde e referência técnica dos Programas de Vigilância e Controle das Leishmanioses, Malária e Febre Amarela da SES, Rita de Cássia C. Castro Teles, destacou que o diagnóstico precoce contribui para um tratamento oportuno dos pacientes, de forma a evitar óbitos. “É muito importante fortalecer a integração entre a Vigilância e a Atenção Primária, as ações de educação permanente e de educação em saúde, para que a gente possa, de fato, realizar um controle mais eficiente das leishmanioses”.

De acordo com a profissional, os casos continuaram aparecendo, mas devido à pandemia da covid-19, as equipes de saúde perceberam que houve redução da detecção dos casos, pois a prioridade era o combate ao coronavírus. “Agora, os municípios estão retomando essas estratégias e, mesmo se não tivéssemos uma ação mais específica dos municípios, durante a pandemia continuamos a tratar esses casos, mas os casos mais graves, em ambiente hospitalar. Precisamos focar na mudança desse contexto; fazer mais diagnósticos precoces, antes de uma hospitalização. Esse é o foco”, ressaltou Rita de Cássia.

A palestra também contou com explanação do médico infectologista e diretor da Vigilância Epidemiológica da SES, Marco Aurélio Góes, e da mediação da enfermeira, com graduação em Biologia, especialista em Vigilância Ambiental e em Vigilância de Surto e gerente do Núcleo de Endemias da DVS/SES, Sidney Sá.

Assuntos abordados

Entre os assuntos abordados, o infectologista Marco Aurélio Góes discorreu sobre conceitos; classificação biológica; ciclo de transmissão; imunopatogenia; doença espectral, leishmaniose visceral humana; doença metaxênica; agente etiológico, vetores; reservatório doméstico; infecções clínicas; exames; critérios de gravidade; diagnóstico diferencial; diagnóstico laboral; demonstração do parasito; métodos imunológicos; biologia molecular; tratamento; Indicações do MS para uso da Anfotericina Lipossomal.

Marco também abordou sobre: escore de gravidade para maiores de dois anos e para menores de dois anos; solicitação de medicamento; resposta ao tratamento; critérios de cura; leishmaniose tegumentar americana; principais espécies no Brasil; imunopatogênese da leishmaniose tegumentar; polarização da leishmaniose tegumentar; diferenças entre as formas clínicas da leishmaniose tegumentar; forma cutânea (localizada, disseminada, difusa e mucosa); esquema terapêutico preconizado para as diversas formas clínicas de LTA; Uso da Miltefosina na LTA; esquema posológico; etapas do tratamento; efeitos indesejáveis da Miltefosina; contraindicações; e mulheres em idade fértil.

Já rita de cássia discorreu sobre o programa de vigilância e controle das leishmanioses visceral e tegumentar, com abordagem sobre: características gerais; vigilância epidemiológica; estratificação de risco; situação epidemiológica de sergipe; avaliação das ações; programação anual de saúde 2022; organização dos serviços de saúde para o atendimento dos casos humanos; e fluxo dispensação medicamento.

 

 

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Última atualização: 10 de maio de 2022 18:00.




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