Saúde promove curso sobre prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis para profissionais de saúde

Foto: Flávia Pacheco

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), realizou nesta quinta-feira, 03, um curso sobre formas de prevenção contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), voltado a agentes comunitários de saúde e agentes de endemias dos municípios sergipanos, que participam do Curso Técnico em Vigilância em Saúde da Funesa. A ação ocorreu de forma presencial na Fundação e também contemplou a modalidade on-line, para os que não puderam comparecer.

No curso ministrado pelo gerente do Programa IST/Aids da SES, Almir Santana, os profissionais além de tirar diversas dúvidas sobre o tema, também participaram de um jogo informativo sobre Prevenção Combinada, criado pelo setor de vigilância em saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O objetivo do jogo é reforçar as formas de prevenção ao HIV: PEP E PREP. “É uma forma interativa de compreender os assuntos. O jogo é muito interessante e com certeza vou levar para a unidade que trabalho para compartilhar com os usuários”, relatou a agente comunitária de Nossa Senhora do Socorro que participou da ação educativa, Sheila Santos da Silva.

O médico Almir Santana, durante o curso, reforçou o papel fundamental dos agentes na luta contra as IST’s. “Eles têm um papel extraordinário na saúde pública porque fazem o elo entre o indivíduo e o serviço de saúde, o agente é o intermediário. Neste curso, destacamos o papel deles na prevenção do HIV e demais IST’s. A novidade para os profissionais é a prevenção combinada”, disse o médico.

Foto: Flávia Pacheco

Você sabe o que PrEP e PEP?

Durante o curso, Almir Santana explicou que existem formas de prevenção além da famosa camisinha, que são as com o uso de medicamento antirretroviral. Se encaixa nesse tipo de prevenção a Profilaxia Pós-Exposição e Profilaxia Pré-Exposição ao HIV.

O médico explicou que a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) é o uso de medicamentos antiretrovirais por pessoas após terem tido um possível contato com o vírus HIV em situações como, por exemplo, violência sexual, relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha), acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou em contato direto com material biológico). Para funcionar, a PEP deve ser iniciada logo após a exposição de risco, em até 72 horas.

Já a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) ao HIV é o uso preventivo de medicamentos antes da exposição ao vírus do HIV, reduzindo a probabilidade da pessoa se infectar com o vírus. A PrEP, deve ser utilizada se a pessoa acha que pode ter alto risco para adquirir o HIV.

Foto: Flávia Pacheco

A PrEP não é para todos e também não é uma profilaxia de emergência, como é a PEP. Os públicos prioritários para PrEP são as populações-chave, que concentram o maior número de casos de HIV no país.

A agente de combate às endemias do município de Aracaju, Barbara dos Santos, tirou várias dúvidas sobre o uso dos medicamentos antirretrovirais e destacou que o curso foi muito esclarecedor.

“Achei que o curso trouxe uma abrangência de conhecimento e um esclarecimento sobre os novos medicamentos que foram lançados com relação ao HIV. Também é uma oportunidade de ver o assunto de forma mais aberta e livre. Aprendi hoje, por exemplo, que a carga viral do HIV pode ser controlada a ponto de não passar para o parceiro, inclusive, também aprendi que a parceria pode engravidar e não ser contaminada e ter todo o controle para que a criança não seja contaminada. Esses conhecimentos vou levar para a UBS e para rua, porque trabalhamos fazendo visitas às residências”, finalizou Bárbara.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde

 

 

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Última atualização: 4 de fevereiro de 2022 15:33.




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