Saúde realiza oficina sobre monitoramento de hanseníase e tuberculose

O evento, voltado a coordenadores municipais de vigilância epidemiológica e atenção básica, discutiu o cenário das doenças em Sergipe

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), realizou nos dias 20 e 21 a oficina de Monitoramento e Avaliação dos indicadores da hanseníase e tuberculose, com o objetivo de discutir, junto aos coordenadores de Vigilância Epidemiológica e de Atenção Básica dos municípios sergipanos, o cenário relativo a essas doenças.

A referência técnica do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Maria Heide Mesquita, explicou que a reunião ocorre anualmente com os coordenadores que monitoram tuberculose e hanseníase nos municípios. “É momento de analisar as interferências técnicas, visando melhorar e mudar o que for preciso. Dialogamos com representantes da atenção básica para entendermos que é preciso compreender o panorama estadual”, disse.

Transmissão

Segundo Maria Heide, a tuberculose é infecto contagiosa, de transmissão aérea; infectados não transmitem, mas os doentes, sim. “Alguns ambientes aglomerados, como presídios, onde há pouca luz, favorecem o desenvolvimento da doença. As pessoas imunossuprimidas podem ser infectadas mais facilmente. Se a pessoa estiver infectada pelo Bacilo de Koch, pode ficar doente ou não. O infectado pode nunca desenvolver a doença”, afirmou Heide.

A medicação só está disponível por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo composta de dose fixa combinada. “É um medicamento de quatro elementos dentro de um só comprimido. Vale ressaltar que a tuberculose atinge qualquer faixa etária, porém as crianças menores de dez anos e imunodeprimidos são mais vulneráveis”, concluiu.

Já a hanseníase é uma doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium Leprae. Caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes. Os sinais e sintomas são manchas de cores variadas nas diferentes partes do corpo, perda de sensibilidade ao toque e à dor, perda da sensibilidade ou da força muscular na face, nas mãos e nos pés, caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

Balanço

Maria Heide explicou que na pandemia houve queda dos casos de tuberculose, mas em 2022 foi registrado o maior índice da doença, passando de 1.300 casos. Com relação à hanseníase, foram registrados 240 novos casos em 2022. “Se a busca aumenta, aumenta também o número de casos, porque os identificamos. O aumento não significa que há uma situação epidemiológica desfavorável, mas que estamos rastreando e descobrindo os casos para tratar e ter uma queda de transmissão”, explicou.

Foto e texto Nucom/Funesa

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Última atualização: 22 de setembro de 2023 21:08.




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