Telessaúde realiza webpalestra sobre “A caderneta da criança como instrumento para a promoção do crescimento e desenvolvimento”

Eneida Ferreira – coordenadora do Telessaúde Sergipe; e Helga Muller – assistente social, sanitarista e referência técnica da Saúde da Criança e do Adolescente (SES)

“A Caderneta de Saúde é um instrumento de cidadania da criança brasileira”. A afirmação da assistente social, sanitarista e referência técnica da Saúde da Criança e do Adolescente (SES), Helga Muller, durante a tele-educação sobre “A caderneta da criança como instrumento para a promoção do crescimento e desenvolvimento”, demonstra a importância de promover o conhecimento a respeito do tema. Realizada pela Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através do Telessaúde Sergipe, com suporte da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a webpalestra ocorreu nesta terça-feira, 17, e contou com a participação de profissionais de 33 municípios de 12 estados brasileiros.

Entre os temas abordados estiveram: Os primeiros dias de vida do bebê; Amamentando o bebê e os Dez passos para uma alimentação saudável de crianças menores de dois anos; Estimulando o desenvolvimento da criança com afeto e Percebendo alterações no desenvolvimento; Vigiando o crescimento da criança; Vacinação – Direito da criança, dever dos pais/cuidadores; Cuidados com a saúde da criança e Evitando a diarreia e a desidratação; Cuidando da segurança da criança: prevenindo acidentes e violências; e Atenção à saúde da criança em tempos de covid-19.

Palestrante da webaula, a médica pediatra, mestre e doutora em Saúde Coletiva, e atuante na Unicef, Francisca Maria Oliveira Andrade, falou sobre toda a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC), e discorreu sobre os princípios, diretrizes e legislação. “Por ser, a infância, uma fase de importantes mudanças que podem trazer consequências para a vida inteira, é necessário que a criança tenha prioridade absoluta na atenção da equipe de saúde”.

Ainda de acordo com a pediatra, “o desenvolvimento da criança tem relação com vários aspectos como cognitivo, social, emocional e físico. A aprendizagem faz-se sobretudo através dos sentidos e do convívio com as outras pessoas. Reconhecendo esses diversos aspectos e construindo vínculos fortes entre a criança, as pessoas da família, e da escola, é possível contribuir para o seu desenvolvimento, de forma saudável e harmoniosa”, destacou Francisca, que também explanou sobre os eixos estratégico que envolvem a política.

A PNAISC possui sete eixos. São eles: Atenção humanizada e qualificada à gestação, parto, nascimento e recém-nascido; Aleitamento materno e alimentação complementar saudável; Promoção e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento integral; Atenção a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas; Atenção à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz; Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade; e Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno.

Atenção Integral

De acordo com Helga Muller, atualmente a caderneta de saúde é solicitada na Assistência Social para garantir propostas e recursos; utilizada na Educação; para viagens ao exterior, na condição de passaporte principal da criança, além de ser instrumento para políticas brasileiras de acesso a bens e serviços. “Quando tratamos dessa caderneta no universo do serviço público nas comunidades, é importante destacar que ela passou por atualizações. A última versão esteve vigente por 10 anos. A caderneta apresentada hoje é a Caderneta da Criança, e não apenas caderneta de saúde. É uma caderneta da família, que perpassa várias políticas, entendendo que essa versão atual faz esse olhar para que a gente possa entender em que situação se encontra aquela criança nas demais áreas que a envolvem e para que a saúde saiba o que acontece na Assistência”, explicou.

Helga Muller – assistente social, sanitarista e referência técnica da Saúde da Criança e do Adolescente (SES)

Helga informou, ainda, que a caderneta contém informações diversas sobre se a criança: se faz parte de algum programa social específico, se tem algum benefício de prestação continuada, se há alguma questão da Educação que seja necessário suporte da Saúde. “Essa caderneta atua na perspectiva da atenção integral à saúde da criança. Esse é o ponto crucial e rico. Por isso, nesse momento, falamos de crescimento e desenvolvimento da criança com foco na caderneta, que tem todo esse referencial e informações importantes para a família, além de números telefônicos para auxílio. Na década de 1080 a caderneta era apenas um cartão que informava dados básicos, como peso, altura e vacina. Hoje temos uma caderneta com 110 páginas”.

O Ministério da Saúde é o responsável pela entrega da caderneta, fazendo o envio aos estados a cada ano. Segundo Helga, a caderneta é um instrumento que tem custo, mas há situações em que pessoas que fazem o uso indevido da caderneta, como por exemplo a venda na internet. “É fundamental ressaltar que a venda é proibida. Nesse caso ou em qualquer outra dificuldade o/a responsável pela criança precisa procurar o serviço público, o SAC do Ministério da Saúde, para fazer essa queixa. A gente sempre se esforça para garantir que a criança receba algum tipo de documento e o repasse dessa caderneta, para que possamos fazer a assistência devida nos municípios sergipanos”, ressaltou.

Em breve a webpalestra estará disponível no YouTube, no canal Telessaúde Sergipe.

 

 

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Última atualização: 18 de novembro de 2020 12:35.




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