Trabalhadores da Funesa participam de testagem do novo coronavírus

Trabalhadoras e trabalhadores da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) participaram nesta quinta-feira, 10, de testagem para diagnóstico do novo coronavírus (SARS-CoV-2), por meio do exame sorológico IgG e IgM (imunoglobulina G e imunoglobulina M). A iniciativa é uma parceria da Funesa com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), que realiza o serviço com o objetivo de construir uma rede ampla de dados, de modo a auxiliar gestores na elaboração de estratégias de mitigação da pandemia, com base nis critérios epidemiológicos, conforme as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Sob coordenação professor do curso de Farmácia e chefe do laboratório de Bioquímica Clínica, Lysandro Borges, além de outros pesquisadores da UFS, o projeto atua como uma força-tarefa para enfrentar da pandemia, reafirmando o papel da Universidade na assistência à sociedade. Membro da força-tarefa, o professor José Melquíades, do departamento de Farmácia, explica que em um primeiro momento houve parcerias com os municípios e em um segundo momento, demais entidades do âmbito estadual. “A grande importância é identificar os portadores assintomáticos, que é uma realidade muito presente na covid-19. Apesar de não estarem doentes, continuam a ser portadores e possíveis transmissores da doença”.

Ainda de acordo com o professor, desses testes feitos no sangue, esse está entre os mais precisos, no qual é aplicado método de imunofluorescência e quimioluminescência, capazes de diferenciar os anticorpos da covid-19 de outras bactérias, fungos e vírus que a pessoa já teve contato. “Esse recurso também permite a identificação dos anticorpos tipo IgM, que todos têm, pra responder a qualquer primeira infecção, e o tipo IgG, que é específico para a aquela infecção e em uma próxima doença responde melhor. É o princípio de vacinação. Além disso, o método dá um valor numérico, dando ideia da dimensão da infecção que a pessoa teve, se foi mais forte ou fraca. Dessa forma é possível ter uma noção da resistência imunológica para aquela situação”, pontuou.

De acordo com a diretora operacional da Funesa, Daniele Travassos, a parceria da Funesa junto à UFS já ocorre há muitos anos, sempre contribuindo com a saúde pública de Sergipe, através do desenvolvimento de diversas ações no âmbito do SUS Estadual. “Com essa ação conseguimos mapear a exposição dos profissionais de saúde da Funesa ao coronavírus, principalmente as categorias profissionais especialmente expostas ao risco de contágio e de transmissão, como é o caso dos Centros de Especialidades Odontológicas – CEOs, que recentemente retomou os atendimentos. Com isso, poderemos identificar e realizar o isolamento social dos acometidos pela doença, evitando a disseminação do vírus”, afirma.

Sorologia

A sorologia permite a identificação da presença de determinados anticorpos no sangue, ou seja – o IgM positivo significa que a pessoa possui anticorpos do tipo imunoglobulina M, que informa que a pessoa já foi exposta e está na fase ativa da doença, com a possibilidade do microrganismo estar no paciente naquele momento. Já um resultado positivo para IgG pode indicar que a pessoa está na fase crônica e/ou convalescente, ou já teve contato com a doença em algum momento de, portanto, para algumas doenças, esses anticorpos funcionam como uma proteção em caso de novo contato com o microrganismo.

 

 

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Última atualização: 11 de setembro de 2020 19:33.




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